ABORDA TEMAS DIVERSOS DOS MEUS ESCRITOS,,,,IGUALMENTE SOBRE HIPNOTISMO, ILUSIONISMO, PARAPSICOLOGIA....
12/03/2014
10/12/2014
ALUCINAÇÃO
ALUCINAÇÃO
A cada momento, ouve-se dizer que
a vida é alucinante, que os preços sobem de forma alucinante, que os afazeres
levam-nos a correr de forma também alucinante mas, também podemos dizer que as
pessoas, na sua maior parte, vivem na base de alucinações, algumas produzidas
pela força do querer, do desejar, do não ter e também do não desejar.
Segundo a Associação Psiquiátrica
Americana, considera-se alucinação, a percepção sensorial sem o estímulo
externo do órgão sensorial correspondente, o que quer dizer que os cinco
sentidos que percebem materialmente o que se passa, podem sentir as mesmas
coisas sem que exista o objecto físico. Desta forma, podemos ver coisas
inexistentes, ouvir sons que também não existem, sentir na pele o que só a
nosso imaginário inconsciente cria, como podemos ser “enganados” pelas nossas
pupilas gustativas ou pelo nosso olfacto.
As alucinações podem ter como
causa, certas lesões ou infecções cerebrais, ditas patológicas, certos
distúrbios psicóticos como na esquizofrenia e na epilepsia e também podem
acontecer nas psiconeuroses. Mas não são propriamente destas que gostava
de vos falar, mas daquelas que se
produzem em qualquer pessoa, dita normal. É bom também salientar que existem
alucinações positivas, como as já mencionadas, como ver o que não existe, como
também existem as negativas que, como exemplo, podemos referir o que não se vê
e fazermos referências como existam de verdade.
As alucinações também podem ser
provocadas através da modificação da consciência, como nos casos em que os
pacientes que são hipnotizados, obedecem às sugestões do operador, como também,
as drogas alucinogénias podem provocar alucinações, para não falar noutros
estímulos que também as podem provocar, como é o caso do exagerado consumo de
álcool…
Mas há, quem tenha alucinações
que, cientificamente não são propriamente alucinações mas que alucinam. Falemos
de desejos, fisicamente não concretizados que, de tantas vezes repensados e
desejados, pela impossibilidade de os concretizar, levam a criar quadros mentais
de um delírio alucinante. Como é que alguém pode sentir o que existe só no
imaginário, com pouco ou nada físico pelo meio, pode fazer com que essa
situação supere o visível e o contactável, de uma forma intensa e tão
perturbadora que ultrapasse aquilo que existe, no que se chama de real? Pois é!
É que o real e o imaginário
confundem-se. Entre estas duas funções, e no que as difere, só existe o
pensamento do acreditar…
É que, como digo várias vezes,
nada é concretizado sem ser imaginado. Ao ser pensado, o pensamento ganha forma
de uma verdade e, aquilo que para os outros é mentira, é para o próprio,
verdade com todas as letras. É este tipo alucinatório, onde o que o que não
existe como objecto físico torna-se bem sólido, é que faz alterar ou modificar a
percepção das coisas e dos valores das mesmas. As alucinações, tal como os
sonhos, têm funções, até terapêuticas, para o indivíduo e são, ainda mais
fortes ou reais, quanto maior é o poder imaginativo da mente de quem as produz.
Amar o desconhecido, viver por ele como obsessão compulsiva, parece não ter
sentido, mas tem. Basta observarmos o mundo à nossa volta. Quantas pessoas amam
Deus, sem terem provas algumas de que existe? É só uma questão e fé! O mesmo se
passa em relação aos anjos, gnomos e salamandras, com diabos pelo meio, forças
malignas e tantas outras coisas que nos podem levar a repensar as teorias do
monismo que dizem, por um lado, que só o
pensamento é real, e o corpo era
algo aparente, e numa outra corrente filosófica, só o corpo é real e o pensamento,
não mais é do que algo aparente. Hoje o corpo e o pensamento são uma única
coisa, a alma do indivíduo, o ser completo!
Prof.Herrero ( mágico-escritor)
9/22/2014
7/01/2014
6/10/2014
3/30/2014
3/16/2014
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O MÉTODO SUGESTOPÉDICO:
a maior revolução que alguma vez se produziu no domínio do
ensino/aprendizagem de uma língua estrangeira
Por
Luís Aguilar |
Eis os princípios essencias a ter em conta no ensino e aprendizagem de
uma língua estrangeira:
a alegria, a ausência de tensão e uma concentração da atenção, sem esforço. |
Deve-se ao psiquiatra búlgaro, Lozanov, fundador do Instituto Sugestológico de Sófia, em 1966, a criação
da nova ciência humana da vida psicológica, a Sugestologia, a partir dos
estudos que fez sobre as múltiplas solicitações do meio ambiente que actuam
sobre o psiquismo, de forma inconsciente e irracional, e dos estados
alterados de consciência.
A Sugestologia
A Sugestologia é uma ciência que visa a conceptualização e o
estudo dos aspectos sugestivos da nossa vida psicológica e o estudo do
indivíduo, na variedade e complexidade das suas interacções com o meio que o
cerca. É a ciência das comunicações inconscientes, subliminares, capaz de
evidenciar e de activar as reservas da personalidade. O estudo da sugestão,
contrariamente à convicção, consiste na interacção entre a actividade mental
inconsciente, o meio (Lozanov, 1983, p.114) e os elementos que
desencadeiam em cada indivíduo impressões, imagens, estados de alma, sem que
desse fenómeno tenha consciência objectiva. Lozanov dedica-se à investigação
dos fenómenos de sugestibilidade humana, que define como uma qualidade
universal da personalidade pela qual se exercem as inter-relações
inconscientes entre o homem e o meio que o cerca. Se é verdade que Binet
(1903) e Bernheim (1916) haviam já falado,
respectivamente, na sugestibilidade e na sugestão, referindo-se ambos
à aptidão do cérebro para receber ou evocar ideias, transformando-as em
actos, e que tudo o que age sobre o psiquismo é sugestão, não é menos
verdade que só a partir dos estudos de Lozanov (1964) se começa a medir a
importância dessa acção (Saféris, 1986, p.22) e se constata que o meio
age sobre o indivíduo por sugestão, em grande parte inconscientemente.
Pela ênfase que a Sugestologia confere à actividade mental inconsciente, abstracta e subjectiva, pode ficar-se com a impressão que a actividade consciente, racional, crítica e objectiva, seja menosprezada. Bem pelo contrário. A abordagem da realidade concreta está em permanente diálogo consciente/inconsciente. Diálogo esse, definido na prática e na teoria sugestológica, através da programação sugestiva do cérebro, com o objectivo de ajudar o indivíduo a harmonizar a actividade subjectiva, abstracta, intuitiva, mítica, divergente, inconsciente, subliminar, comandada pelo lado direito do cérebro com a actividade pragmática, concreta, racional, convergente, comandada pelo lado esquerdo do cérebro. O objecto luminoso e a sua sombra, eis a imagem que o criador da Sugestologia encontrou para dizer que o consciente e o inconsciente são indissociáveis e trabalham em conjunto. A Sugestão é uma característica do cérebro humano, que pode ser accionada e que tende a transformar em actos, sentimentos ou estados de consciência duráveis, qualquer ideia, imagem ou impressão "aceites" pelo nosso inconsciente...(Lerède, 1983, p.14). Por isso, a Sugestologia centra a sua atenção nos aspectos subliminares presentes na comunicação/interacção do indivíduo com os outros, com os objectos e com o meio. Porque imperceptíveis, esses aspectos subliminares não são considerados pelo indivíduo, quando reflecte as relações que estabelece com os outros, ficando, assim, simultaneamente inconscientes e, paradoxalmente, tão presentes. Poder-se-á dizer que o diálogo proposto por Lozanov entre o consciente e o inconsciente, - em linguagem corrente, chamamos pensamentos ou sonhar acordados - se traduz no turbilhão interior de imagens, sensações, desejos, expectativas, crenças, valores, etc., que ocupam permanentemente a nossa actividade mental. Se tivermos consciência dos aspectos subliminares presentes na nossa interacção com os outros e com o meio, esse diálogo interior torna-se mais profundo e terá inegáveis reflexos nos nossos esquemas de pensamento e acção. É nesse sentido que alguns investigadores da alma humana têm vindo a conceptualizar e a teorizar esses fenómenos da nossa vida interior e, em consequência, a criar práticas e métodos que provêm da Planificação e Transformação Pessoais, da Visualização Criadora, do Bio-Feedback, da Programação Neurolinguística, da Meditação Transcendental, do Yoga, da Autogénea, etc. Para Lozanov, trata-se da programação sugestiva do inconsciente e, para testar a eficácia dos princípios sugestológicos enunciados, propõe um método para o ensino de uma língua estrangeira: a Sugestopedia. A Sugestopedia
A Sugestopedia aparece ligada ao ensino de uma língua estrangeira
e a sua eficácia é hoje incontestada. Sabe-se que pelo método
sugestopédico os alunos aprendem mais depressa e melhor que pelos métodos
tradicionais: os estudantes assimilam, em média, mais de 90% do vocabulário
que compreende 2000 unidades lexicais por cada curso de 96 horas; mais de 60%
do vocabulário novo é utilizado activamente e de maneira fluida na
conversação de todos os dias e o resto do vocabulário apreendido através da
tradução; os estudantes exprimem-se tendo em conta a gramática fundamental; e
podem ler qualquer texto (Lozanov, 1978, pp.321-322). No relatório que
elaborou para a UNESCO, em 1978, Lozanov preconizava que a educação, o ensino e o desenvolvimento pessoal deveriam ser
considerados uma só realidade e, nesse sentido, considera que a tensão
extenuante e angustiante verificada na maior parte das práticas pedagógicas
provém muitas vezes da insegurança do estudante, da falta de confiança nas
suas próprias capacidades de compreensão, de memorização e de utilização da
informação nova que lhe é fornecida (Lozanov, 1976). Vamos descrever alguns
dos princípios sugestopédicos.
A Actividade Inconsciente e a Comunicação Subliminar
Se é verdade que o método sugestopédico visa a implicação de cada
participante na sua globalidade cognitiva, afectiva e psicomotora, não é
menos verdade que privilegia o psiquismo profundo do indivíduo em formação,
uma espécie de zona de sombra onde se jogam os primeiros sucessos ou
fracassos na aprendizagem de qualquer assunto ou matéria.
A importância de redescobrir a alegria e o prazer de aprender, característicos do início da existência de qualquer pessoa, e num ambiente sem tensões e sem contrariedades, é uma preocupação permanente e dominante do método sugestopédico.
Os Conteúdos do Ensino são indissociáveis do Processo de Comunicação
Há que observar com cuidadoso rigor as
consequências positivas e negativas que têm a linguagem utilizada pelo
animador e os comportamentos que adopta em relação aos participantes e à
aprendizagem. (Dufeu, 1996, p. 69). Para além dos aspectos
gramaticais presentes no ensino de uma língua estrangeira, são acima de tudo
considerados os aspectos da expressão/comunicação dessa mesma língua, as suas
componentes culturais e o seu património literário e artístico.
O Retorno à Infância
A importância de redescobrir a alegria e o prazer de aprender, característicos
do início da existência de qualquer pessoa, num ambiente sem tensões e sem
contrariedades é uma preocupação permanente e dominante do método
sugestopédico. Lozanov considera que não há razão para se não aprender uma
língua diferentemente da forma como o faz uma criança: de forma global,
interdisciplinar, na sua totalidade psicomotora, intensa e concentradamente.
Por isso, propõe inúmeras actividades susceptíveis de trazerem à memória
esses tempos idos da idade da inocência, sem preconceitos, nem barreiras
artificiais geradas pela educação e o ensino. Com efeito, defende o método
sugestopédico para o ensino de uma língua estrangeira uma implicação dupla de
cada participante: aprende, por um lado, na sua globalidade cognitiva,
afectiva e psicomotora e, por outro lado, aprende mergulhando o seu psiquismo
profundo, numa espécie de zona de sombra onde se jogam os primeiros sucessos
ou fracassos na aprendizagem de qualquer assunto ou matéria.
Remoção das Barreiras Psicológicas à Aprendizagem
Considerando que o ser humano utiliza apenas 4% das suas capacidades
intelectuais, Lozanov (1978) propõe a activação das reservas da personalidade
aprendiz e, simultaneamente, a remoção dos bloqueios criados por processos de
aprendizagem anteriores, o reforço da auto-imagem, da sugestão, da
auto-sugestão e da des-sugestão positivas. A Sugestopedia define três tipos
de bloqueio. São três tipos de barreiras que o adulto constrói ao longo do
seu percurso existencial e que Lozanov considera como obstáculos maiores e permanentes
à aprendizagem em geral, e à aprendizagem de uma língua estrangeira em
particular: as barreiras lógicas, que se caracterizam por pensamentos
pessimistas que só à primeira vista parecem lógicos - pensamentos do tipo: como
é possível aprender 50 novas palavras em 15 minutos? ; ou aprender é uma
coisa sempre muito difícil e complicada que exige muito tempo; as barreiras
afectivas, que se traduzem muitas vezes na falta de confiança em si próprio -
manifestam-se em frases do tipo: não tenho jeito nenhum para aprender
línguas! ou não consigo fazer isso! ou sou inibido!, e as
barreiras éticas ligadas aos valores adoptados pelo indivíduo e que
contrastam com os dos outros, nomeadamente sobre a concepção do mundo e do
homem.
Activação das Reservas da Personalidade
Ao considerar que as várias barreiras, obstáculos ou bloqueios descritos
anteriormente dificultam ou paralisam a aprendizagem, Lozanov propõe que se
faça um trabalho no sentido de removê-las, não pela confrontação directa,
mas, precisamente partindo delas, para, por um processo de
sugestão/des-sugestão activar em simultâneo os imensos potenciais da
personalidade aprendiz. Trata-se, com efeito, de activar esses potenciais,
através da utilização planificada da sugestão e da auto-sugestão, fundamentadas
nos princípios da autoridade, do retorno à infância, do duplo nível da
comunicação, e da centração nos interesses e necessidades de quem aprende uma
língua estrangeira.
Uma Aprendizagem Rápida, Intensa, concentrada e Sem Esforço
O método sugestopédico baseia-se na sede de aprender do estudante, na
rápida aquisição de conhecimentos, exigindo, para isso, paradoxalmente, uma
grande concentração da atenção e uma ausência de esforço.
Concentração da atenção/relaxamento é a relação bipolar que se estabelece
na utilização do método sugestopédico, pelo que é já um lugar comum dizer-se
que o que somos é determinado em grande parte pela educação, pelo meio
familiar e pelas pessoas que integram o universo das relações sociais.
O Emprego simultâneo de Recursos Didácticos, Artísticos e Psicológicos
Ao estudar a forma como as múltiplas solicitações do meio ambiente actuam
sobre o psiquismo inconsciente e irracional, Lozanov deu origem ao método
sugestopédico que emprega três tipos de meios no processo de ensino/aprendizagem:
os psicológicos, os didácticos e os artísticos - que visam,
privilegiadamente, restituir ao indivíduo a confiança em si próprio e
proporcionar-lhe o conhecimento dos seus bloqueios interiores, bem assim as
causas que os provocam e, a partir daí, por meios simultaneamente globais e
sintéticos, facilitar a aprendizagem da língua, fazendo recurso a canções,
filmes, peças de teatro, susceptíveis de motivarem intensamente os
participantes para a aprendizagem de noções elementares de uma língua estrangeira.
O Professor Sugestopeda
A importância conferida ao meio ambiente e ao universo das relações
sociais, a atmosfera permissiva, controlada e relaxada de tensão, o tipo de
relação empática e compreensiva que o professor desenvolve com os alunos, o
estilo de comunicação adoptado, de característica subliminar e empática, são
as exigências de Lozanov em relação aos professores sugestopedas que, segundo
ele, têm um papel preponderante na consecução dos objectivos visados: uma
aprendizagem sem esforço, que conduza cada estudante a aprender uma língua
estrangeira em menos tempo e com mais eficácia do que pelos métodos
convencionais. Lozanov exige do professor que segue o método sugestopédico no
ensino de uma língua estrangeira, que esteja sempre em forma (Lozanov
e Gateva, 1988, p.114), que comece e acabe uma aula pontualmente, que adopte
uma atitude solene durante a duração da aula e mantenha um tom emocional
entusiasta, sem, contudo, exagerar. Queria-os como atletas da afectividade. O
professor sugestopeda, mais do que aquilo que diz ou propõe, deve
concentrar-se na forma como o diz e na sua capacidade de sugerir aquilo que
verdadeiramente cada aluno deseja aprender. A formação de um professor
sugestopeda, para que desempenhe os vários papéis que nas aulas lhes são
exigidos é significativamente ecléctica: professor, psicólogo, animador de
grupo, psicoterapeuta, actor, artista... Não chegará uma vida inteira para
formar professores sugestopedas. Por outro lado e a par de uma formação de
ponta exige-se ao professor sugestopeda uma grande disponibilidade no próprio
momento da aula: sensibilidade, criatividade, espontaneidade, de criador de
situações, de observador participante, de actor-participante, etc. Ele é
também o criador de material didáctico específico, único e inovador, que vai
da selecção de extractos de obras de autor e da criação de pequenos sketches,
jogos, canções, etc. à proposta diversificada de actividades constantemente
criadas e aperfeiçoadas.. Todo este material deverá estar em interacção com
as competências globais (compreensão e expressão) e específicas (fonológicas,
lexicais e gramaticais) visadas em cada aula.
A formação de professores sugestopedas processa-se segundo o emprego de
técnicas subjectivas e em oposição às técnicas objectivas que se desenvolvem
numa formação clássica de professores de línguas. As técnicas subjectivas
caracterizam-se pela fixação e auto-fixação de atitudes inconscientes, de
atitudes sugestivas nos professores cujo objectivo é o de proporcionar este
domínio do segundo plano a que já nos referimos anteriormente.
Limites e Críticas à Sugestopedia
Em todos os sítios onde se viu aplicada, a Sugestopedia proporcionou os
melhores resultados. Considerada um pouco por todo o mundo como um método
revolucionário, com resultados miraculosos, a Sugestopedia foi a abordagem
escolhida para o ensino de línguas estrangeiras por companhias de aviação,
empresas, empresários, espiões, vendedores, artistas, jornalistas, enfim,
todos quantos necessitavam aprender uma língua estrangeira em muito pouco
tempo e de modo a poderem utilizá-la nas suas lides comerciais, políticas,
académicas, investigativas, artísticas, jornalísticas, etc. Mas, para além da
aplicação no ensino das línguas estrangeiras, a Sugestopedia pode ser
utilizada em todas as formas de aprendizagem: formação técnica do pessoal das
empresas públicas e privadas, o ensino de matérias com forte pendor na
memorização (medicina, teatro, por exemplo), cursos de alfabetização nos
países em vias de desenvolvimento, cursos em que se requer o desenvolvimento
da personalidade, da criatividade, do autoconhecimento e, também, em
situações de reeducação, como o trabalho com delinquentes juvenis ou com
crianças sobredotadas, no treino de atletas, no teatro, etc. É para este novo
público-alvo que Lozanov se volta hoje, aos 78 anos, dando conferências,
promovendo cursos ou orientando estágios, recuperando um terreno que nos
últimos tempos tem sido preenchido pela Programação Neurolinguística de
Grinder e Bandler, sobretudo no que diz respeito à abordagem dos processos
inconscientes da aprendizagem, que, de resto foi inspirada, cremos, no método
sugestopédico.
Considerada como uma espécie de
estalagem espanhola, em que cada um nela encontra o que trouxer consigo, a
Sugestopedia é alvo de muitas críticas, uma fundadas outras completamente
vindas das penas dos Velhos do Restelo. A Sugestopedia, que se provou ser um
método em que se aprende dez vezes mais em dez vezes menos tempo, ficou à
porta, das escolas e universidades, acusada pelos professores de manipulação,
esoterismo e ausência de rigor científico. Pelo meio, muitos professores,
universitários e responsáveis de programas revelaram uma alegre facilidade na
utilização de técnicas oriundas da Sugestopedia, ao mesmo tempo, que se
deparavam com uma extrema dificuldade em compreender os seus fundamentos e
atitudes necessários, isto é, em compreender que o ensino sugestopédico exige
um conhecimento aprofundado e reflectido dos fundamentos psicológicos e
fisiológicos e que, neste contexto, a teoria não é sinónimo de abstracção,
sem relação alguma com as realidades pedagógicas, como parece seguirem, sem
nuances e com tranquila ignorância, os referidos professores. É sempre
atraente a utilização de determinadas técnicas, geralmente definidas como
informais - técnicas de trabalho de grupo, jogo de papéis etc., - técnicas
que muitas vezes os professores não compreendem na sua essência e se as
utilizam é com o folclórico objectivo de conferir uma animação àquilo que não
tem alma: o ensino convencional, fortemente marcado pelo concreto, pelo
gramatical, pela incapacidade de perceber a influência das reservas da
personalidade, dos bloqueios e das resistências pessoais, etc. que
experimenta um aprendiz de uma língua estrangeira. Com efeito, os
professores, os universitários, sentem-se desempregados e de mãos a abanar,
relativamente a uma abordagem de uma língua estrangeira que lhes exige uma
grande preparação interior e disponibilidade total. Não queremos com isto
dizer que não encontremos, no método sugestopédico, incoerências,
contradições, coisas incompletas e até um certo perigo. Um dos mais
significativos seguidores de Lozanov não poupa críticas ao método: em
grupos de doze estudantes, tirando uma ou duas excepções, estes exprimem-se
com à vontade, sem timidez ou inibições de qualquer espécie, mas com muitos
erros de construção de frases e de gramática e com um sotaque que em regra
geral é satisfatório. Contrariando um pouco o que alguns tentam vender,
tomando os seus desejos por realidades já adquiridas, estes resultados estão
longe de serem positivos (Lerède, 1983, pp.244-245). O que não podemos
aceitar é essa resistência das instituições oficiais que, tecem críticas que
se podem estender a qualquer outro método não convencional de ensino e
aprendizagem de uma língua estrangeira, ainda que muitas vezes sejam os
próprios estudantes a gritarem-lhes aos ouvidos: - Ei, professores, porque
nos fazem envelhecer antes do tempo? como se podia ler nas pinturas
murais de Paris, em Maio de 1968. Já vai sendo um lugar-comum verificar-se
que as escolas e as instituições universitárias ocupam a última carruagem do
progresso científico e tecnológico. Mas a razão principal talvez seja a falta
de preparação dos professores, cuja formação livresca é desmunida de
instrumentos que lhes permita intervir eficazmente nos domínios das emoções e
da comunicação.
O Futuro da Sugestopedia
Partindo dos saberes adquiridos pelos
estudantes, das suas necessidades interiores ( não impostas do exterior), a
Sugestopedia favorece o seu autoconhecimento, activa potenciais de
desenvolvimento humano, pela auto-sugestão positiva e pelo reforço da
auto-estima, mobiliza elementos do inconsciente, susceptíveis de os
conduzirem a uma disponibilidade confiante e apetência para a aprendizagem. O
futuro da Sugestopedia passa, na nossa opinião, por uma maior exploração dos
imensos potenciais da Psicologia de Grupo e da Arte, com particular
incidência nas Actividades Dramáticas que têm sido insuficientemente
exploradas, ou mesmo ignoradas quando não macaqueadas.
O carácter de abordagem muito vasto,
mais centrado na atitude do professor do que nas técnicas, levam muitos
sugestopedas a considerarem a Sugestopedia um anti-método ou pelo menos um
não-método e que, por isso mesmo, dizem nada ter a aprender no campo da
Pedagogia, mas muito a descobrir. Para nos centrarmos apenas nos seus
aspectos mais específicos, essencialmente subliminares e inconscientes, uma
das vias ainda inexploradas pelos seus investigadores é a que diz respeito às
manifestações artísticas, na perspectiva de Herbert Read e no Jogo de Papéis,
proposto por Moreno. Por entre muitos outros contributos. De resto pode aplicar-se a estas
abordagens o que Georgi Lozanov diz relativamente à Música: A linguagem da
música, da rima e do ritmo não atinge apenas o ouvido, mas também o cérebro
por uma via mais rápida do que a lógica e a argumentação (ibidem).
Noutra página descrevemos algumas
actividades sugestopédicas paradigmáticas do método (ou anti-método) aplicado
à aprendizagem de uma língua estrangeira. Clique aqui.
Bibliografia
AGUILAR, Luís (2004). Manual de
Comunic-Acção para o Ensino do Português, Língua Estrangeira. Montreal:
Universidade de Montreal.
BERNHEIM, Hippolyte (1916) De la
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MORENO, Jacob-Lévy (1987). Psychothérapie
de groupe et psychodrame. Paris: PUF.
MORENO, Jacob-Lévy (1984). Théâtre de
la spontanéité. Paris: Epi.
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O Planeta Amarelo
Era uma vez
um pequeno planeta amarelo. Ele fazia parte de um grupo de 7 planetas pequenos
e coloridos. Cada um era de uma cor: vermelho,
laranja, amarelo, verde, azul claro, azul escuro e roxo. Eles eram
comandados por um grande planeta chamado Cereb, que era todo colorido, como a
nossa Terra.No planeta amarelo, tudo era amarelo. As árvores, as flores, a água, a terra. Havia muitos animais e muitos tipos de vida ali. Ele era muito bonito e muito alegre. Uma grande quantidade dos frutos amarelos de suas árvores amarelas eram distribuídos para os outros planetas, que não possuíam amarelo. Ele alimentava os seus vizinhos com o amarelo. Os planetas vizinhos, por sua vez, enviavam para ele os seus frutos, para alimentá-lo com as outras cores, pois todos eles precisavam de todas as cores para viver. Com essa troca eles se ajudavam uns aos outros e conviviam harmoniosamente.
Um dia, no planeta amarelo, houve uma grande tempestade de gelo que destruiu todas as plantas. Ele ficou doente. Aí ele não podia mais mandar os frutos amarelos para seus amigos vizinhos.
Os vizinhos ficaram tristes e sentiam muita falta do amarelo. Eles não podiam ficar sem o amarelo e tiveram de pedir ajuda para Cereb. Ele sempre os ajudava e os protegia dos inimigos invasores, porém era muito exigente. Fazia com que os planetinhas trabalhassem muito, para depois ganhar um pouco das cores de que precisavam. Eles ficavam cansados, porém precisavam se abastecer de cores para viver e então faziam tudo que o Cereb mandava, e desta forma também colaboravam para o equilíbrio planetário.
Desta vez, a tarefa que Cereb lhes deu não era muito fácil: criar um jeito de produzir as substâncias do amarelo, por conta própria, cada um no seu planeta,. Isso eles não sabiam fazer. Mesmo assim, tentaram. Fizeram reuniões, conversaram, trocaram idéias, tomaram remédios, mas nada deu certo.
Resolveram, então, pedir ajuda a uma fada que morava nas estrelas: a fada BRANCA, que possuía todas as cores do arco-íris. A fada lhes disse que, no centro de cada planeta, bem no fundo, havia uma grande caverna, em forma de coração, que continha um tesouro. Esse tesouro possuía todas as cores e se eles o encontrassem não precisariam mais se submeter às extravagâncias de Cereb. Seriam auto-suficientes, isto é, teriam dentro de si mesmos todas as cores e não haveria mais a necessidade de trocar com os outros planetinhas. O Planeta Amarelo também poderia recuperar-se, tendo de novo suas árvores e seus frutos através desse tesouro.
A fada Branca lhes ensinou como chegar nessa caverna. Era preciso fazer uma grande viagem para dentro de si mesmos e descobrir o lugar certo onde estava o tesouro. Isso deveria ser feito através da Imaginação. Ela lhes ensinou também as palavras mágicas para abrir a porta da caverna. Talvez eles encontrassem alguns obstáculos na viagem. Outras palavras mágicas os ajudaria a superá-los.
Para iniciar a viagem eles só precisavam acreditar nisso. A palavra mágica era: FÉ. Para superar obstáculos era: CONFIANÇA. Para abrir a caverna era: AMOR.
No dia seguinte, assim como todos os outros, o Planeta Amarelo partiu para o centro de si mesmo, cheio de FÉ, repetindo a palavra mágica a todo momento. Quando ficou cansado, desanimado, com frio, com fome ele repetiu a palavra mágica: CONFIANÇA. Quando finalmente chegou ao centro do planeta, diante da caverna Coração começou a gritar sem parar a palavra mágica: AMOR, AMOR, AMOR.
E a caverna Coração foi se abrindo, lentamente. Ele pôde ver, extasiado, as cores do arco-íris saindo de dentro dela, uma por uma, como fachos de luzes, cada um de uma cor. Quando a porta se abriu inteira, todas as luzes saíram juntas e se espalharam por todo o planeta, curando e colorindo tudo por onde passavam. Ele ficou muito feliz e percebeu que todo o seu planeta estava colorido. As árvores e as plantas haviam se tornado verdes, cheias de frutos amarelos. As flores eram agora de todas as cores: brancas, amarelas, cor-de-rosa, vermelhas etc. A terra ficou marrom e os passarinhos possuíam penas de todas as cores. Percebeu então que seu planeta estava curado. Deixou a porta da caverna Coração aberta, para que ele nunca mais precisasse pedir nada a ninguém, pois tudo que ele precisava para se curar de qualquer problema estava dentro dele mesmo.
Os outros planetinhas também encontraram sua caverna Coração e ganharam todas as cores. Assim, continuaram amigos e conviveram em paz, saudáveis e felizes para sempre. Cereb, também ficou muito feliz por ver os planetinhas com sua saúde recuperada.
3/07/2014
PROF.HERRERO HOENAGEADO POR "planet algarve"
Prestar uma homenagem ao Professor Herrero, é uma singular oportunidade de divulgar um homem que consegue assumir um conjunto de personagens graças a um talento inesgotável.
Muito conhecido pela maioria dos algarvios e por muitos estrangeiros que têm assistido e participado nos seus espectáculos, o Professor Herrero é e será um algarvio notável e uma personalidade que merece ser destacada.
Quem não se recorda do criador do “Jantar dos 13?”
Pois é mesmo do ilusionista, hipnotizador, escritor, parapsicólogo, poeta e organizador desse célebre momento que desafia as crenças que se fala.
Natural de Silves e nascido a 25 de Julho de 1953, o Professor Herrero é assumidamente um homem que luta contra a superstição.
Prof. Herrero, nome artístico de Dagoberto Cabrita de Campos, iniciou-se nas artes consideradas mágicas aos 13 anos de idade, altura em que realizou a sua primeira exibição pública.
A partir daí, fez digressões completas por todo o Portugal, algumas apresentações em Espanha, França e Àfrica, especialmente Moçambique.
Ainda jovem, foi uma das estrelas do Coliseu dos Recreios em Lisboa, desde então, tem um percurso ligado ao mundo do espectáculo, tendo sido por diversas vezes reconhecido pelo seu trabalho e talento.
Nos dias de hoje, é coadjuvado pela sua esposa Rosy, tendo o calendário praticamente preenchido durante todo o ano.
Trabalhando sempre no sentido de se apresentar com a máxima originalidade, possui quatro espectáculos diferentes para casinos e hotéis, um para crianças, um de faquirismo, um de close-up, um de hipnotismo e ainda um de grandes ilusões.
Prof. Herrero é perito em magia com animais, grandes ilusões, pickpocket (carteirista de palco) e contacto com o público.
Do seu currículo é também de realçar o conjunto de prémios que vem acumulando, entre outros, o Personalidade do ano que recebeu 2 vezes; O prémio Carreira; Câmara Municipal de Loulé e "Sons e Vozes”; Originalidade; Faquirismo, sendo que, em termos globais, o Professor Herrero tem o estatuto de “Mais versátil do mundo”, numa atribuição do Guiness Book.
Com muito para dar, organizar e surpreender o seu público, o Professor Herrero promete continuar a desafiar as superstições e a tentar provar que, a sua filosofia de vida torna o ser humano mais livre de medos e mais feliz.
1/22/2014
A BELEZA DO BELO
A beleza é sempre encontrada naquilo que
achamos belo. O belo está onde cada um considera que está, razão pela qual se
diz que, quem feio ama, bonito lhe parece. Eu tomo a liberdade de acrescentar
que o belo não parece, mas é de facto, porque quem considera que algo é belo,
não vai pela opinião dos outros, mas pelo seu próprio sentir. Mas, como é
evidente, há quem vá atrás dos outros e não veja pelos seus próprios olhos, mas
pelos dos outros… como se fosse o meio a ditar os seus gostos, a sua opinião e
os seus sentimentos.
Também, não há no Universo quem
possa dizer, verdadeiramente, que não é influenciável, mesmo aqueles que juram
a pés juntos que o não são. Agora, como é evidente, cada pessoa é uma pessoa,
existindo indivíduos que aceitam quase tudo o que lhes é sugerido, como há quem
recuse quase todo o tipo de influências, fazendo-os acreditar que as ideias
lhes pertence. Mas também não é verdade!
Contudo, os meus olhos, ou o meu
sentir, consideram ser a beleza, um conjunto de factores e não uma coisa única
e independente. Há quem compare o indivíduo a uma maçã. A fruta tal como uma
pessoa, pode estar luzidia, avermelhada e tão atractiva, que faz até “correr
água na boca” mas, quando olhamos para o que está dentro, é que se pode dizer,
uma desilusão total…
“ Olha duas vezes para veres o
exacto; olha só uma para veres o belo.”- Henri-Frédéric Amiel.
Referindo-me à beleza das
pessoas, é evidente que a primeira impressão que temos em relação a alguém, é a
que exterioriza e essa, a que salta à vista, é como uma embalagem e, como tal,
é difícil sabermos o que está dentro. Ao contrário, também é verdade! Quantas
vezes olhamos para um indivíduo e, de forma
preconceituosa, chegamos a
conclusões apressadas, pela negativa. Mas, ao tomarmos consciência da sua real condição,
daquilo que é, e não aquilo que aparenta ser, mudamos de ideias. A “embalagem”
induziu-nos em erro!
O grande poeta
algarvio, António Aleixo, numa das suas quadras, dá-nos uma ideia bem
ilustrada, em relação às aparências: “ Dizem que pareço um ladrão/ Mas há
tantos que eu conheço/ Não parecendo aquilo que são/ São aquilo que eu pareço”.
Infelizmente, a sociedade
valoriza demasiado a aparência, talvez por isso, há cada vez mais gente que
aparenta o que não é, para poder ser aceite socialmente. A sociedade tem a sua
beleza, mas a verdade é que, por outro lado, cria estigmas, leis perversas,
geralmente para espezinhar os mais fracos, os menos belos e os mais
desgraçados…
“ Não é a beleza que inspira a paixão
mais profunda. A beleza sem graça é um anzol sem isco. A beleza sem expressão
cansa” – Emerson.
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