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O MÉTODO SUGESTOPÉDICO:
a maior revolução que alguma vez se produziu no domínio do
ensino/aprendizagem de uma língua estrangeira
Por
Luís Aguilar |
Eis os princípios essencias a ter em conta no ensino e aprendizagem de
uma língua estrangeira:
a alegria, a ausência de tensão e uma concentração da atenção, sem esforço. |
Deve-se ao psiquiatra búlgaro, Lozanov, fundador do Instituto Sugestológico de Sófia, em 1966, a criação
da nova ciência humana da vida psicológica, a Sugestologia, a partir dos
estudos que fez sobre as múltiplas solicitações do meio ambiente que actuam
sobre o psiquismo, de forma inconsciente e irracional, e dos estados
alterados de consciência.
A Sugestologia
A Sugestologia é uma ciência que visa a conceptualização e o
estudo dos aspectos sugestivos da nossa vida psicológica e o estudo do
indivíduo, na variedade e complexidade das suas interacções com o meio que o
cerca. É a ciência das comunicações inconscientes, subliminares, capaz de
evidenciar e de activar as reservas da personalidade. O estudo da sugestão,
contrariamente à convicção, consiste na interacção entre a actividade mental
inconsciente, o meio (Lozanov, 1983, p.114) e os elementos que
desencadeiam em cada indivíduo impressões, imagens, estados de alma, sem que
desse fenómeno tenha consciência objectiva. Lozanov dedica-se à investigação
dos fenómenos de sugestibilidade humana, que define como uma qualidade
universal da personalidade pela qual se exercem as inter-relações
inconscientes entre o homem e o meio que o cerca. Se é verdade que Binet
(1903) e Bernheim (1916) haviam já falado,
respectivamente, na sugestibilidade e na sugestão, referindo-se ambos
à aptidão do cérebro para receber ou evocar ideias, transformando-as em
actos, e que tudo o que age sobre o psiquismo é sugestão, não é menos
verdade que só a partir dos estudos de Lozanov (1964) se começa a medir a
importância dessa acção (Saféris, 1986, p.22) e se constata que o meio
age sobre o indivíduo por sugestão, em grande parte inconscientemente.
Pela ênfase que a Sugestologia confere à actividade mental inconsciente, abstracta e subjectiva, pode ficar-se com a impressão que a actividade consciente, racional, crítica e objectiva, seja menosprezada. Bem pelo contrário. A abordagem da realidade concreta está em permanente diálogo consciente/inconsciente. Diálogo esse, definido na prática e na teoria sugestológica, através da programação sugestiva do cérebro, com o objectivo de ajudar o indivíduo a harmonizar a actividade subjectiva, abstracta, intuitiva, mítica, divergente, inconsciente, subliminar, comandada pelo lado direito do cérebro com a actividade pragmática, concreta, racional, convergente, comandada pelo lado esquerdo do cérebro. O objecto luminoso e a sua sombra, eis a imagem que o criador da Sugestologia encontrou para dizer que o consciente e o inconsciente são indissociáveis e trabalham em conjunto. A Sugestão é uma característica do cérebro humano, que pode ser accionada e que tende a transformar em actos, sentimentos ou estados de consciência duráveis, qualquer ideia, imagem ou impressão "aceites" pelo nosso inconsciente...(Lerède, 1983, p.14). Por isso, a Sugestologia centra a sua atenção nos aspectos subliminares presentes na comunicação/interacção do indivíduo com os outros, com os objectos e com o meio. Porque imperceptíveis, esses aspectos subliminares não são considerados pelo indivíduo, quando reflecte as relações que estabelece com os outros, ficando, assim, simultaneamente inconscientes e, paradoxalmente, tão presentes. Poder-se-á dizer que o diálogo proposto por Lozanov entre o consciente e o inconsciente, - em linguagem corrente, chamamos pensamentos ou sonhar acordados - se traduz no turbilhão interior de imagens, sensações, desejos, expectativas, crenças, valores, etc., que ocupam permanentemente a nossa actividade mental. Se tivermos consciência dos aspectos subliminares presentes na nossa interacção com os outros e com o meio, esse diálogo interior torna-se mais profundo e terá inegáveis reflexos nos nossos esquemas de pensamento e acção. É nesse sentido que alguns investigadores da alma humana têm vindo a conceptualizar e a teorizar esses fenómenos da nossa vida interior e, em consequência, a criar práticas e métodos que provêm da Planificação e Transformação Pessoais, da Visualização Criadora, do Bio-Feedback, da Programação Neurolinguística, da Meditação Transcendental, do Yoga, da Autogénea, etc. Para Lozanov, trata-se da programação sugestiva do inconsciente e, para testar a eficácia dos princípios sugestológicos enunciados, propõe um método para o ensino de uma língua estrangeira: a Sugestopedia. A Sugestopedia
A Sugestopedia aparece ligada ao ensino de uma língua estrangeira
e a sua eficácia é hoje incontestada. Sabe-se que pelo método
sugestopédico os alunos aprendem mais depressa e melhor que pelos métodos
tradicionais: os estudantes assimilam, em média, mais de 90% do vocabulário
que compreende 2000 unidades lexicais por cada curso de 96 horas; mais de 60%
do vocabulário novo é utilizado activamente e de maneira fluida na
conversação de todos os dias e o resto do vocabulário apreendido através da
tradução; os estudantes exprimem-se tendo em conta a gramática fundamental; e
podem ler qualquer texto (Lozanov, 1978, pp.321-322). No relatório que
elaborou para a UNESCO, em 1978, Lozanov preconizava que a educação, o ensino e o desenvolvimento pessoal deveriam ser
considerados uma só realidade e, nesse sentido, considera que a tensão
extenuante e angustiante verificada na maior parte das práticas pedagógicas
provém muitas vezes da insegurança do estudante, da falta de confiança nas
suas próprias capacidades de compreensão, de memorização e de utilização da
informação nova que lhe é fornecida (Lozanov, 1976). Vamos descrever alguns
dos princípios sugestopédicos.
A Actividade Inconsciente e a Comunicação Subliminar
Se é verdade que o método sugestopédico visa a implicação de cada
participante na sua globalidade cognitiva, afectiva e psicomotora, não é
menos verdade que privilegia o psiquismo profundo do indivíduo em formação,
uma espécie de zona de sombra onde se jogam os primeiros sucessos ou
fracassos na aprendizagem de qualquer assunto ou matéria.
A importância de redescobrir a alegria e o prazer de aprender, característicos do início da existência de qualquer pessoa, e num ambiente sem tensões e sem contrariedades, é uma preocupação permanente e dominante do método sugestopédico.
Os Conteúdos do Ensino são indissociáveis do Processo de Comunicação
Há que observar com cuidadoso rigor as
consequências positivas e negativas que têm a linguagem utilizada pelo
animador e os comportamentos que adopta em relação aos participantes e à
aprendizagem. (Dufeu, 1996, p. 69). Para além dos aspectos
gramaticais presentes no ensino de uma língua estrangeira, são acima de tudo
considerados os aspectos da expressão/comunicação dessa mesma língua, as suas
componentes culturais e o seu património literário e artístico.
O Retorno à Infância
A importância de redescobrir a alegria e o prazer de aprender, característicos
do início da existência de qualquer pessoa, num ambiente sem tensões e sem
contrariedades é uma preocupação permanente e dominante do método
sugestopédico. Lozanov considera que não há razão para se não aprender uma
língua diferentemente da forma como o faz uma criança: de forma global,
interdisciplinar, na sua totalidade psicomotora, intensa e concentradamente.
Por isso, propõe inúmeras actividades susceptíveis de trazerem à memória
esses tempos idos da idade da inocência, sem preconceitos, nem barreiras
artificiais geradas pela educação e o ensino. Com efeito, defende o método
sugestopédico para o ensino de uma língua estrangeira uma implicação dupla de
cada participante: aprende, por um lado, na sua globalidade cognitiva,
afectiva e psicomotora e, por outro lado, aprende mergulhando o seu psiquismo
profundo, numa espécie de zona de sombra onde se jogam os primeiros sucessos
ou fracassos na aprendizagem de qualquer assunto ou matéria.
Remoção das Barreiras Psicológicas à Aprendizagem
Considerando que o ser humano utiliza apenas 4% das suas capacidades
intelectuais, Lozanov (1978) propõe a activação das reservas da personalidade
aprendiz e, simultaneamente, a remoção dos bloqueios criados por processos de
aprendizagem anteriores, o reforço da auto-imagem, da sugestão, da
auto-sugestão e da des-sugestão positivas. A Sugestopedia define três tipos
de bloqueio. São três tipos de barreiras que o adulto constrói ao longo do
seu percurso existencial e que Lozanov considera como obstáculos maiores e permanentes
à aprendizagem em geral, e à aprendizagem de uma língua estrangeira em
particular: as barreiras lógicas, que se caracterizam por pensamentos
pessimistas que só à primeira vista parecem lógicos - pensamentos do tipo: como
é possível aprender 50 novas palavras em 15 minutos? ; ou aprender é uma
coisa sempre muito difícil e complicada que exige muito tempo; as barreiras
afectivas, que se traduzem muitas vezes na falta de confiança em si próprio -
manifestam-se em frases do tipo: não tenho jeito nenhum para aprender
línguas! ou não consigo fazer isso! ou sou inibido!, e as
barreiras éticas ligadas aos valores adoptados pelo indivíduo e que
contrastam com os dos outros, nomeadamente sobre a concepção do mundo e do
homem.
Activação das Reservas da Personalidade
Ao considerar que as várias barreiras, obstáculos ou bloqueios descritos
anteriormente dificultam ou paralisam a aprendizagem, Lozanov propõe que se
faça um trabalho no sentido de removê-las, não pela confrontação directa,
mas, precisamente partindo delas, para, por um processo de
sugestão/des-sugestão activar em simultâneo os imensos potenciais da
personalidade aprendiz. Trata-se, com efeito, de activar esses potenciais,
através da utilização planificada da sugestão e da auto-sugestão, fundamentadas
nos princípios da autoridade, do retorno à infância, do duplo nível da
comunicação, e da centração nos interesses e necessidades de quem aprende uma
língua estrangeira.
Uma Aprendizagem Rápida, Intensa, concentrada e Sem Esforço
O método sugestopédico baseia-se na sede de aprender do estudante, na
rápida aquisição de conhecimentos, exigindo, para isso, paradoxalmente, uma
grande concentração da atenção e uma ausência de esforço.
Concentração da atenção/relaxamento é a relação bipolar que se estabelece
na utilização do método sugestopédico, pelo que é já um lugar comum dizer-se
que o que somos é determinado em grande parte pela educação, pelo meio
familiar e pelas pessoas que integram o universo das relações sociais.
O Emprego simultâneo de Recursos Didácticos, Artísticos e Psicológicos
Ao estudar a forma como as múltiplas solicitações do meio ambiente actuam
sobre o psiquismo inconsciente e irracional, Lozanov deu origem ao método
sugestopédico que emprega três tipos de meios no processo de ensino/aprendizagem:
os psicológicos, os didácticos e os artísticos - que visam,
privilegiadamente, restituir ao indivíduo a confiança em si próprio e
proporcionar-lhe o conhecimento dos seus bloqueios interiores, bem assim as
causas que os provocam e, a partir daí, por meios simultaneamente globais e
sintéticos, facilitar a aprendizagem da língua, fazendo recurso a canções,
filmes, peças de teatro, susceptíveis de motivarem intensamente os
participantes para a aprendizagem de noções elementares de uma língua estrangeira.
O Professor Sugestopeda
A importância conferida ao meio ambiente e ao universo das relações
sociais, a atmosfera permissiva, controlada e relaxada de tensão, o tipo de
relação empática e compreensiva que o professor desenvolve com os alunos, o
estilo de comunicação adoptado, de característica subliminar e empática, são
as exigências de Lozanov em relação aos professores sugestopedas que, segundo
ele, têm um papel preponderante na consecução dos objectivos visados: uma
aprendizagem sem esforço, que conduza cada estudante a aprender uma língua
estrangeira em menos tempo e com mais eficácia do que pelos métodos
convencionais. Lozanov exige do professor que segue o método sugestopédico no
ensino de uma língua estrangeira, que esteja sempre em forma (Lozanov
e Gateva, 1988, p.114), que comece e acabe uma aula pontualmente, que adopte
uma atitude solene durante a duração da aula e mantenha um tom emocional
entusiasta, sem, contudo, exagerar. Queria-os como atletas da afectividade. O
professor sugestopeda, mais do que aquilo que diz ou propõe, deve
concentrar-se na forma como o diz e na sua capacidade de sugerir aquilo que
verdadeiramente cada aluno deseja aprender. A formação de um professor
sugestopeda, para que desempenhe os vários papéis que nas aulas lhes são
exigidos é significativamente ecléctica: professor, psicólogo, animador de
grupo, psicoterapeuta, actor, artista... Não chegará uma vida inteira para
formar professores sugestopedas. Por outro lado e a par de uma formação de
ponta exige-se ao professor sugestopeda uma grande disponibilidade no próprio
momento da aula: sensibilidade, criatividade, espontaneidade, de criador de
situações, de observador participante, de actor-participante, etc. Ele é
também o criador de material didáctico específico, único e inovador, que vai
da selecção de extractos de obras de autor e da criação de pequenos sketches,
jogos, canções, etc. à proposta diversificada de actividades constantemente
criadas e aperfeiçoadas.. Todo este material deverá estar em interacção com
as competências globais (compreensão e expressão) e específicas (fonológicas,
lexicais e gramaticais) visadas em cada aula.
A formação de professores sugestopedas processa-se segundo o emprego de
técnicas subjectivas e em oposição às técnicas objectivas que se desenvolvem
numa formação clássica de professores de línguas. As técnicas subjectivas
caracterizam-se pela fixação e auto-fixação de atitudes inconscientes, de
atitudes sugestivas nos professores cujo objectivo é o de proporcionar este
domínio do segundo plano a que já nos referimos anteriormente.
Limites e Críticas à Sugestopedia
Em todos os sítios onde se viu aplicada, a Sugestopedia proporcionou os
melhores resultados. Considerada um pouco por todo o mundo como um método
revolucionário, com resultados miraculosos, a Sugestopedia foi a abordagem
escolhida para o ensino de línguas estrangeiras por companhias de aviação,
empresas, empresários, espiões, vendedores, artistas, jornalistas, enfim,
todos quantos necessitavam aprender uma língua estrangeira em muito pouco
tempo e de modo a poderem utilizá-la nas suas lides comerciais, políticas,
académicas, investigativas, artísticas, jornalísticas, etc. Mas, para além da
aplicação no ensino das línguas estrangeiras, a Sugestopedia pode ser
utilizada em todas as formas de aprendizagem: formação técnica do pessoal das
empresas públicas e privadas, o ensino de matérias com forte pendor na
memorização (medicina, teatro, por exemplo), cursos de alfabetização nos
países em vias de desenvolvimento, cursos em que se requer o desenvolvimento
da personalidade, da criatividade, do autoconhecimento e, também, em
situações de reeducação, como o trabalho com delinquentes juvenis ou com
crianças sobredotadas, no treino de atletas, no teatro, etc. É para este novo
público-alvo que Lozanov se volta hoje, aos 78 anos, dando conferências,
promovendo cursos ou orientando estágios, recuperando um terreno que nos
últimos tempos tem sido preenchido pela Programação Neurolinguística de
Grinder e Bandler, sobretudo no que diz respeito à abordagem dos processos
inconscientes da aprendizagem, que, de resto foi inspirada, cremos, no método
sugestopédico.
Considerada como uma espécie de
estalagem espanhola, em que cada um nela encontra o que trouxer consigo, a
Sugestopedia é alvo de muitas críticas, uma fundadas outras completamente
vindas das penas dos Velhos do Restelo. A Sugestopedia, que se provou ser um
método em que se aprende dez vezes mais em dez vezes menos tempo, ficou à
porta, das escolas e universidades, acusada pelos professores de manipulação,
esoterismo e ausência de rigor científico. Pelo meio, muitos professores,
universitários e responsáveis de programas revelaram uma alegre facilidade na
utilização de técnicas oriundas da Sugestopedia, ao mesmo tempo, que se
deparavam com uma extrema dificuldade em compreender os seus fundamentos e
atitudes necessários, isto é, em compreender que o ensino sugestopédico exige
um conhecimento aprofundado e reflectido dos fundamentos psicológicos e
fisiológicos e que, neste contexto, a teoria não é sinónimo de abstracção,
sem relação alguma com as realidades pedagógicas, como parece seguirem, sem
nuances e com tranquila ignorância, os referidos professores. É sempre
atraente a utilização de determinadas técnicas, geralmente definidas como
informais - técnicas de trabalho de grupo, jogo de papéis etc., - técnicas
que muitas vezes os professores não compreendem na sua essência e se as
utilizam é com o folclórico objectivo de conferir uma animação àquilo que não
tem alma: o ensino convencional, fortemente marcado pelo concreto, pelo
gramatical, pela incapacidade de perceber a influência das reservas da
personalidade, dos bloqueios e das resistências pessoais, etc. que
experimenta um aprendiz de uma língua estrangeira. Com efeito, os
professores, os universitários, sentem-se desempregados e de mãos a abanar,
relativamente a uma abordagem de uma língua estrangeira que lhes exige uma
grande preparação interior e disponibilidade total. Não queremos com isto
dizer que não encontremos, no método sugestopédico, incoerências,
contradições, coisas incompletas e até um certo perigo. Um dos mais
significativos seguidores de Lozanov não poupa críticas ao método: em
grupos de doze estudantes, tirando uma ou duas excepções, estes exprimem-se
com à vontade, sem timidez ou inibições de qualquer espécie, mas com muitos
erros de construção de frases e de gramática e com um sotaque que em regra
geral é satisfatório. Contrariando um pouco o que alguns tentam vender,
tomando os seus desejos por realidades já adquiridas, estes resultados estão
longe de serem positivos (Lerède, 1983, pp.244-245). O que não podemos
aceitar é essa resistência das instituições oficiais que, tecem críticas que
se podem estender a qualquer outro método não convencional de ensino e
aprendizagem de uma língua estrangeira, ainda que muitas vezes sejam os
próprios estudantes a gritarem-lhes aos ouvidos: - Ei, professores, porque
nos fazem envelhecer antes do tempo? como se podia ler nas pinturas
murais de Paris, em Maio de 1968. Já vai sendo um lugar-comum verificar-se
que as escolas e as instituições universitárias ocupam a última carruagem do
progresso científico e tecnológico. Mas a razão principal talvez seja a falta
de preparação dos professores, cuja formação livresca é desmunida de
instrumentos que lhes permita intervir eficazmente nos domínios das emoções e
da comunicação.
O Futuro da Sugestopedia
Partindo dos saberes adquiridos pelos
estudantes, das suas necessidades interiores ( não impostas do exterior), a
Sugestopedia favorece o seu autoconhecimento, activa potenciais de
desenvolvimento humano, pela auto-sugestão positiva e pelo reforço da
auto-estima, mobiliza elementos do inconsciente, susceptíveis de os
conduzirem a uma disponibilidade confiante e apetência para a aprendizagem. O
futuro da Sugestopedia passa, na nossa opinião, por uma maior exploração dos
imensos potenciais da Psicologia de Grupo e da Arte, com particular
incidência nas Actividades Dramáticas que têm sido insuficientemente
exploradas, ou mesmo ignoradas quando não macaqueadas.
O carácter de abordagem muito vasto,
mais centrado na atitude do professor do que nas técnicas, levam muitos
sugestopedas a considerarem a Sugestopedia um anti-método ou pelo menos um
não-método e que, por isso mesmo, dizem nada ter a aprender no campo da
Pedagogia, mas muito a descobrir. Para nos centrarmos apenas nos seus
aspectos mais específicos, essencialmente subliminares e inconscientes, uma
das vias ainda inexploradas pelos seus investigadores é a que diz respeito às
manifestações artísticas, na perspectiva de Herbert Read e no Jogo de Papéis,
proposto por Moreno. Por entre muitos outros contributos. De resto pode aplicar-se a estas
abordagens o que Georgi Lozanov diz relativamente à Música: A linguagem da
música, da rima e do ritmo não atinge apenas o ouvido, mas também o cérebro
por uma via mais rápida do que a lógica e a argumentação (ibidem).
Noutra página descrevemos algumas
actividades sugestopédicas paradigmáticas do método (ou anti-método) aplicado
à aprendizagem de uma língua estrangeira. Clique aqui.
Bibliografia
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