1/22/2013

MÁGICA RECORDAÇÃO

DESEJOS SEM FIM


DESEJOS SEM FIM

Quem não tem desejos é porque a vida já não corre nas veias. É como vegetar perdido no tempo, onde o acontecer se torna igual ao não acontecer, onde a luz se confunde com a escuridão e o sentir se torna num não sentir permanente.
É necessário termos desejos SEM FIM, onde a concretização de um nos leve a inventar dois, como na história da fada boa que encontrou uma princesinha a chorar junto a um lago: “Não posso ouvir-te chorar e, como tal, vou dar-te dois desejos”. A princesinha queria muitos desejos, razão que a levou a perguntar à fada boa se não lhe dava mais do que dois desejos. Esta disse-lhe que não, só lhe dava dois desejos e nada mais. A pequena princesa, inteligentemente ambiciosa, pensou como, a partir daqueles dois desejos podia ter desejos infindáveis e aceitou, dizendo que o primeiro seria o de ter um príncipe sem que fosse obrigada a beijar um sapo e que o segundo era o de lhe ser concedido mais dois desejos. A fada boa não teve outra alternativa do que cumprir com o prometido. “Quero que o príncipe seja muito bonito” e de seguida pediu-lhe o segundo desejo que mais não era, do que mais dois desejos. “Também quero que o príncipe seja muito rico” e no segundo desejo, pediu mais dois desejos. A fada concluiu que os desejos nunca mais acabavam. Enquanto isso, a princesa continuava a nomear mais dois desejos. “Quero ter muitos filhos saudáveis com o príncipe e depois quero mais dois desejos”…
Bem, o certo é que nós podemos igualmente agir de forma semelhante. Na nossa mente mora a fada boa e é lá que nos devemos dirigir para pedirmos os nossos desejos. Se soubermos pedir ou fizermos um pacto semelhante ao da pequena princesa nunca mais os nossos desejos têm fim e, de concretização em concretização ou de degrau em degrau, devemos deixar sempre em aberto a possibilidade de alcançarmos a realização daquilo que desejamos e queremos para a nossa vida. A concretização dos desejos obedece a determinadas regras. Entre elas está a técnica dos porquês e a do como.
A dos porquês, leva-nos a questionar e a responder. Desta forma encontramos soluções, de forma a ultrapassarmos certas barreiras que possam impedir a concretização da satisfação dos desejos. A “do como?” sugere a escolha do caminho ou da estratégia. Isto é, quando concluímos que de uma certa maneira não satisfazemos os nossos desejos, devemos com o “como” e o “porquê” fazermos sequências de perguntas até alcançarmos a essência das respostas.
Uma vez alcançado um desejo, devemos escolher mais dois desejos. Além de termos em aberto outras satisfações, estamos permanentemente ocupados.
Sugiro que escreva num memorando todos os desejos já concretizados e os dois imediatos que se propõe alcançar.
Nunca desista e, se são os seus desejos, eles têm que ser vistos sempre como coisas boas, positivas e muito desejadas. Lembre-se igualmente que os dois desejos referem-se à concretização de um desejo e abrir o caminho para mais dois.
Seja qual for a idade do leitor, nunca considere que uma certa idade seja uma barreira que impeça pedir à “fada boa” a satisfação dos desejos.
Há quem se reforme para ir passar os dias num banco de jardim a recordar com os outros “coisas da vida” e quem programe a concretização de certos desejos que foram limitados pelo tempo e pelo trabalho obrigatório ao longo da vida.
Os segundos, além de não serem tocados pela corrosiva ferrugem, estão em condições de viver e última etapa da vida com muito mais qualidade.
Os primeiros, embora estejam a concretizar um desejo, não deixam em aberto a realização de mais desejos. É quase uma forma masoquista de sentir a espera da eternidade, fazendo aquilo que pouco mais é do que faz o cão ou o gato: Comer, comunicar e dormir, com mais algumas variantes pelo meio…
Os desejos não têm fim. Acredite na sua fada boa, procure ter um bom relacionamento com ela e nunca deixe de lhe pedir mais um desejo!
           
PROF.HERRERO!!