11/09/2011

UM GRANDE ÊXITO NO HERMAN 98


COISAS COM CRISE

Quando o sono não nos leva para uma completa reciclagem e a vontade de estar desperto nos favorece a corrente de pensamentos, apetece ficar à espera de mensagens de uma qualquer galáxia que nos indique um caminho que nos leve a novas descobertas ou a soluções para resolução do que temos ainda para solucionar. Talvez seja uma ideia errada procuramos na noite o que o dia não se disponibiliza a dar mas, por outro lado, sentido a paz e a tranquilidade que a parte nocturna nos transmite, não seremos tão atacados pelo lixo tão poluente de conversas e observações que nos acompanham um pouco por toda o lado que, mais coisa menos coisa, vai ter sempre à questão mais
abordada nos últimos tempos e que em português tem um nome sonante pela negativa, denominado de crise!

Não, não encontrei qualquer solução, pelo menos, por enquanto, não querendo isto dizer que não possa acontecer ainda, porque faltam três horas até que o galo cante. Os galos sempre cantam, anunciando o alvorecer, o que corresponde para muitos ao erguer ou ao despertar para sentirmos de novo ao que os matutinos se referem. Para grande espanto de muitos (pausa para rir), os jornais voltam a falar de crise e seguem-se as rádios, as televisões. Toda esta informação, faz com que as conversas não saem disto e, como tal, o corpo do indivíduo reclama cada vez mais por paz, o que pode encontrar em algumas horas da noite.
É evidente que esta conversa não nos leva a algum lugar e nada, absolutamente nada resolve mas, como bom português que sou (linguagem de político, não a minha), até minimiza os efeitos desta situação, se nos rirmos dela.
Certamente já ouviram os nossos humoristas basearem o seu desempenho, tendo como pano de fundo a crise, os bancários ou os políticos. Tudo isto inspira muitos artistas
e até os poetas, trocam os poemas de amor por poemas que referem a crise. Quer isto dizer, que rir continua a ser o melhor remédio, já que para ela, não me parece que haja solução imediata.

Estas crises, influenciam-nos a tal ponto que, eu próprio, vinha falar sobre a noite e, sem me aperceber, comecei a comentar a crise.
Há, como achei piada saber que o Sr. Presidente da República passa horas por dia a responder a e-mails dos cidadãos. Só para ter uma resposta de Sua Excelência, o presidente deste país, caído num buraco sem fundo, vale a pena ser português. É mais valioso receber um e-mail do que um autógrafo de tão proeminente figura e, daqui a uns anos, até ajuda nesta ou noutra crise, quando forem vendidos em leilões da internet.
Faz-me até lembrar, a quase Santa Lúcia que, pelo que dizem, era viciada nestas tecnologias electrónicas. Será que chegou a enviar algum e-mail às entidades celestiais a pedir para nos aliviar da actual crise?

Desculpem de, volta na volta, estar a falar no mesmo assunto mas, como toda a gente, sou influenciado, consciente ou inconscientemente, por esta virose que, não mais quero referir.
Como os supersticiosos, falar de certas coisas, dá azar e os positivistas que defendem teorias tipo “ O Segredo” acham que podemos desenvolver as leis da atracção e, como tal, tanto podemos atrair o lado bom ou o lado mau das coisas…

Por isso, volto a dizer de forma peremptória, não falo mais na crise!

FRCASSO

FRACASSO

Certamente que ninguém quer fracassar, ninguém deseja estar na mó de baixo, mas toda a gente sofre as influências exteriores, do mundo onde está inserido e do meio que o rodeia. Contrariar estas tendências é, no mínimo, um acto de coragem que assenta essencialmente em combater essas pressões que, muitas vezes, são produzidas pelos manipuladores sociais. Muitas vezes, essas influências, são registadas na infância ou mesmo na idade pré-natal, a nível inconsciente. São os acontecimentos, essencialmente negativos, que condicionam comportamentos, na maior parte das vezes, para toda a vida. Agem sem saber as origens desse condicionamento e, tanto pode levar a glórias como a fracassos.

Mas o que é o fracasso?

“O fracasso não significa que sou um fracassado; significa que não venci.
O fracasso não significa que não consegui nada; significa que aprendi alguma coisa.
O fracasso não significa que sou uma pessoa sem rumo; significa que tive fé suficiente para experimentar.
O fracasso não significa que sou um sujeito sem sorte; significa que tive a coragem de tentar.
O fracasso não significa a ausência de métodos; significa que os tenho de uma maneira diferente.
O fracasso não significa que sou inferior; significa que não sou perfeito.
O fracasso não significa que desperdicei o meu tempo; significa que tenho que recomeçar.
O fracasso não significa que devo dar-me por vencido; significa que devo agir com maior perseverança.
O fracasso não significa que nunca atingirei meus objectivos; significa que necessito corrigir as minhas rotas.
O fracasso não significa que Deus me abandonou; significa que ele tem um projecto melhor para mim!” – Pensamento de Miguel Arcanjo.

Este depoimento será, de certa forma, uma forma positiva de encarar o fracasso, sendo igualmente verdade que é nos acontecimentos negativos que podemos despertar para nos direccionarmos no positivismo. Se não existir o mal, não podemos saber o que é o bem, embora tudo isto pode ser considerado relativo.
Fracasso, faz parte de um sentimento derrotista, de quem procurou chegar á meta e não conseguiu atingir os objectivos. Contudo, ele também se torna um condimento da vitória. Os ganhadores, devem esse mérito aos que fracassam, razão pela qual poder-lhes ser atribuído o mérito de fazerem parte dos que os venceram. As coisas, em si mesmas, nunca são fracassos, até mesmo quem se retira ou não enfrenta, não pode ser considerado fracassado. Pode fazer parte de uma estratégia, ou para evitar um mal maior ou até para evitar a ideia de derrotismo.
Por outro lado, quem acredita que está no grupo dos fracassados é derrotado ou não consegue atingir os propósitos, porque se derrotou antes de lutar por uma qualquer vitória.
“ Cada fracasso dá ao homem uma lição que ele precisava de aprender”. – Charles Dickens.
“ Se fores homem, ergue os olhos para admirar os que empreenderam grandes feitos mesmo que tenham fracassado”. – William Shakespeare.
O dicionário está cheio de fracassos: de governos, de sistemas económicos, de religiões, de humanidade, de medicina, de sistema judicial, de donos de empresas e do resto, que é bastante….

Prof.herrero@hotmail.com

10/22/2011

ACREDITAR


ACREDITAR, ACREDITANDO

Mesmo aqueles que dizem não acreditar em nada, acreditam em alguma coisa. Mesmo para viver temos que acreditar que vivemos, mas vivemos muito melhor quando acreditamos nas várias possibilidades que a vida nos dá. Podemos não acreditar em Deus, no Diabo num qualquer Céu ou Inferno, mas podemos olhar para dentro de nós mesmos e inventarmos deuses, diabos, céus e infernos. O que se acredita estar fora de nós podemos colocar dentro do nosso eu. Há quem faça da vida um inferno do nosso imaginário, esperando um dia, após a morte, encontrar a beleza de um céu. É preferível fazermos da nossa vida um paraíso com as portas bem abertas para o céu do nosso bem-estar, do respeito para o nosso semelhante, da alegria de viver e de muitos outros aspectos desse “milagre” que é a própria vida.

Existem crenças para todos os gostos. Umas nascem por questões geográficas, outras por interesse de certas organizações, outras porque preenchem certas necessidades e outras ainda, existem como de escudo invisível se tratasse, para proteger a fragilidade do ser.

Contudo, uma parte das crenças, não me referindo somente às religiosas, são mais negativas do que positivas e de certa maneira prejudicam mais do que estimulam. Nesta linha de pensamento, podemo-nos questionar acerca das crenças que têm como base o renascimento ou a reencarnação, já que, em todos os momentos da vida, respiramos e, respirar significa que repetimos o nascimento, a primeira respiração. Nascemos em cada momento e é esta beleza, a de estarmos permanentemente a renascer, que devemos guardar nos nossos corações.

Especulamos para nos confortar. Talvez porque é difícil aceitar a finitude da vida. A própria Bíblia diz que a morte é um sono sem sonhos e de que os mortos não são cônscios de nada. Se acreditarmos nestas sabedoras palavras, a morte è um sono, mas onde não se sonha, o que nos leva a crer que é ainda mais tranquilo, porque no sono dos vivos aparecem sonhos povoados de pesadelos e, se os mortos não têm consciência de nada, como é óbvio, nunca podem sentir estímulos como a dor. O pensamento budista diz que, para se perceber a morte, basta seguirmos por um caminho que não tenha ida nem volta. A vida é circular, onde o princípio e o fim estão no mesmo lugar.

Quando acreditamos e desejamos que as coisas sejam de acordo com o nosso acreditar, corremos muitas vezes o risco de vivermos de acordo com a nossa crença e rejeitarmos as crenças dos outros. Desta forma enveredamos por um caminho algo perigoso que pode desembocar naquilo a que chamamos fanatismo. Tem sido o aproveitamento desse crer ainda mais cego que tem sido explorado para promover violência, nas suas múltiplas variantes onde, a mais nefasta de todas é a guerra.

A fé, sendo uma convicção que não precisa de provas, tornando-se por vezes cega, por não querer ver mais nada, pode tornar-se igualmente perigosa.
Acreditarmos sim e vivermos com fé e força, para alcançarmos os nossos objectivos que sejam bons e positivos, não só para nós, mas também para os outros, é a melhor forma de abraçarmos as mais fortes e positivas forças do cosmos.


Prof.herrero ( mágico-escritor e pesquisador em parapsicologia académica

7/31/2011

PASSEMOS À ACÇÃO


PASSEMOS À ACÇÃO

Quantas coisas desejamos fazer que não fazemos, quantas ideias povoam a nossa mente que não as pomos em prática e, num interminável mundo de teorias, culpamos os outros quando a decisão nos pertence. Pensar nunca é fazer e, como tal, dificilmente fazemos algo sem ser pensado. Temos que passar à acção, estruturando ideias e pensamentos de forma a atingirmos o nosso objectivo. A nossa meta a atingir.
Jean-jacques Rousseau diz que o homem não foi feito para meditar mas para agir.
A verdade é que a maior parte compra livros de positivismo, de mudança mas, na prática nada faz para mudar.
Quem pensa em comer um bife e nada faz para o levar à boca, a carne nunca chegará ao estômago. – Prof.Herrero.
Temos que passar à prática, temos que vencer a inércia, pegando na força de vontade e a utilizarmos em nosso proveito. Temos que acreditar nas nossas possibilidades, na força que existe dentro de nós, mas que muitas vezes se encontra adormecida. Mais prática do que teoria, porque ninguém sabe o que conseguirá fazer sem tentar. Sabemos que o mundo é bastante fértil em obstáculos, mas caberá a cada um de nós ultrapassá-los
ou a contorná-los. Em vez de vermos as coisas pelo lado do negativo, o tal não consigo, o não posso ou o não é possível, nada melhor do que passarmos à acção, procurarmos a experiência e com determinação tocarmos a meta.

“ Quando tivermos descoberto as leis que regem a vida, percebemos que o homem de acção tem mais ilusões do que o sonhador,” – Óscar Wilde.

Quem consegue alcançar os seus propósitos, transforma ilusões em coisas concretas.
É o que se pode chamar as suas obras. Se os outros conseguem, nós também podemos conseguir. Temos imensas possibilidades que não aproveitamos, que só esperam as nossas ordens para entrarem em acção. Tomemos alguém como modelo. Estudemos a sua forma de agir, de estar na vida e, se fizermos um percurso idêntico ao que tomamos como modelo, certamente conseguiremos resultados semelhantes.

William Shakespeare diz que o sábio não se senta a lamentar-se, mas empenha-se alegremente na tarefa de reparar o dano. Em tudo o que fazemos somos mais ardorosos no esforço do que no usufruto.

Sem tentarmos nunca sabemos do que somos capazes de fazer, é preferível aumentar a acção e diminuir os projectos, pois muitos ficarão na gaveta. As obras são avaliadas não por aquilo que se diz capaz de fazer, mas por aquilo que se faz.
Não se esqueça o quanto é importante pensar-se no que nos propomos fazer, mas aquilo a que chamamos de realidade inicia-se na acção.

Rudyard Kipling argumenta: “ Se pedires a um homem mais do que o que ele pode fazer, ele fá-lo-á. Se pedires só o que ele consegue fazer não fará nada.”

Escreva os seus projectos imediatos e também aqueles que quer realizar a médio e a longo prazo, mas não os misture. Comece por aquele que considera mais importante, mas passe à acção, não se fique só pelo pensar e, se achar que há risco, não se esqueça que o mundo tem evoluído com aqueles que arriscam!

PROF.HERRERO

7/24/2011

EGOÍSMO


O EGOÍSMO

É impressionante como, cada vez mais, as pessoas mostram, a partir de pequenos actos, como estão cada vez mais egoístas, frias, distantes, como lhes tivessem destruído a parte afectiva e lhes injectassem o soro de frivolidade… colectiva!
Talvez seja um pouco isso que está a acontecer, reflectindo-se tudo isto nas mais díspares acções, sendo as mais visíveis, aquelas de todos os dias, que deviam começar com um bom dia, o que raramente acontece, e com desconhecidos quase nunca. Alguns até ficam desconfiados, perplexos e intrigados por haver quem os cumprimente, quem, não sendo das suas amizades, tenha a ousadia de lhes dizer olá…
O egoísmo, é certamente um sentimento negativo que prejudica mais o próprio do que os outros. Por não se interessar pelos semelhantes, causa-lhes um certo tipo de sofrimento, mas arruína-se a si mesmo, pelas enormes dificuldades e problemas que sofrerá ao longo da vida.
A partir dos egoístas, nascem um indeterminado número de fracassos da humanidade e, quanto mais egoísta um individuo é, mais perigoso facínora se pode tornar.

“O egoísmo inspira tal horror que inventamos a cortesia para o ocultarmos, mas ele atravessa todos os véus e transparece em qualquer encontro.” – Schopenhauer.

Apesar de todas as pessoas procurarem uma recompensa para aquilo que fazem, por nada se fazer sem uma contrapartida, não me parece que seja isso que torna um indivíduo num egoísta. O egoísta é quem tem uma paixão incontrolada por si mesma, que difere do amor-próprio e da auto-estima. Gostar muito de nós, não quer dizer também que sejamos egoístas, porque o egoísta não gosta é dos outros, por isso centraliza, todo o poder, todas as coisas, nele mesmo, como fosse o dono do mundo.
Igualmente há quem faça o mal, quando podia fazer o bem, talvez também por egoísmo, mas também porque é portador de outras problemáticas, provavelmente associadas a um certo masoquismo.
Interessamo-nos mais pelos outros quando sentimos que se interessam por nós, mas se nos interessarmos pelos demais sem esperarmos nada em troca, recebemos muito mais do que imaginamos. Interessarmo-nos por alguém é dar atenção e o jogo da atenção é de uma beleza tão grande que ajudaria a humanidade a viver em equilíbrio, com mais amor, mais paz e menos sofrimento. Se fossemos educados com o “jogo de atenção”, a partir do nascimento, ou quase, o egoísmo não teria expressão.

“ Transformar uma árvore em lenha poderá dar uma bela fogueira, mas já não dará flores nem frutos.” – Tagore.

Mas, infelizmente, o egoísmo está cada vez mais patente na forma se ser e de estar do ser humano, começando por aqueles que estão à frente dos interesses, que deviam ser públicos, mas que desenvolvem maneiras bem conhecidas de todos, de um egoísmo doentio. Por isso os pobres estão numa miséria inadmissível, os doentes “sem saúde”, os velhos, abandonados nas esperas, até para irem para um lar, enquanto muitos, egoisticamente, tornam-se corruptos. Nos dias de hoje, nada disto tem cabimento, a não ser porque tudo é feito, pela paixão incontrolada por eles mesmos… pela ganância de poder e, as riquezas que possuem, fazem com que alguns se sintam deuses na terra. Aqui estão os demónios, porque os deuses têm que estar nos céus, nesses lugares incognoscíveis que muita gente sabe nunca poder alcançar. Os egoístas, esses, ficam possessos com tanto veneno que têm dentro dos seus próprios corações

PROF.HERRERO

7/05/2011


A ESTUPIDEZ

Há quem diga que tudo tem limites, exceptuando-se a estupidez. A verdade, pensando bem, até parece ter sentido. A inteligência é limitada, a estupidez não.
Confúcio diz que, quando alguém põe o dedo na ferida, só os estúpidos pensam que o importante é o dedo.
Esta citação, faz-me lembrar aquela anedótica situação em que o filho, virando-se para o pai, lhe diz que está com dor nas botas. O pai repreende-lhe, dizendo que a dor não está nas botas, mas sim nos pés. O filho reforça a ideia de estar nas botas, porque quando as descalçava, passava-lhe a dor…
Goethe considera que os sábios e os tontos são inofensivos, mas que os meios sábios e os meios tontos é que devem ser temidos.
Será que um tonto não diz coisas inteligentes? E será que uma pessoa inteligente não diz tolices?
Duvidar de tudo não será estupidez? E não duvidar de nada, não será igualmente estupidez?
Aos nossos olhos, vemos muita gente estúpida. Por outro lado, não seremos estúpidos aos olhos de muita gente? Mais tolo do que tolo ignorante é o tolo camuflado de esperto.
Ninguém é tolo por dizer tolices, mas sim, depois de reconhecer que as disse, insiste em as voltar a dizer.
Quem se aproxima mais daquilo que consideramos estupidez, são os que se consideram donos do saber.
A estupidez torna-se sábia, quando os resultados são positivos, e a sapiência torna-se uma parvoíce quando os resultados são negativos.
Muitos sábios, concluíram ser estúpidos, quando as suas descobertas levaram os homens à destruição. Muitas das boas ideias tornaram o ser humano ainda mais estúpido. O maior estúpido é aquele que direcciona a sua inteligência para se aproveitar dos estúpidos.
Todos nós nos tornamos estúpidos perante o incognoscível ou perante aquilo que desconhecemos. O parvo torna-se inteligente quando está calado. O inteligente torna-se parvo quando argumenta com ênfase aquilo que desconhece.
Fazer tolices de vez enquando não é estupidez é sensatez. As tolices controladas são inteligentes.
Um tolo não reconhece um sábio como tal, considerando-o um outro tolo.
“ Um néscio consegue fazer numa hora mais perguntas do que as que um sábio consegue responder em sete anos. “ – John Ray
Há quem defenda que devemos perdoar as tolices uns dos outros, mas se todas as tolices fossem perdoadas, o mundo seria ainda mais dominado por gente estúpida.
Num mundo de tolos o não – tolo é louco!
Rimo-nos da estupidez dos outros, mas não nos rimos da nossa própria estupidez.
Viver uma vida inteira sem tolices é uma autêntica loucura.
A estupidez, quando apoiada por muitos estúpidos, tem uma força enorme, capaz de superar a força dos inteligentes. A história narra episódios: Hitler e Napoleão são dois grandes exemplos…
Hoje fico-me na tolice de referir a estupidez.
Difícil é concluir onde começa a sensatez e acaba a estupidez ou, onde começa esta e termina a outra.
Mesmo que sejamos estúpidos e não nos apercebemos do que somos, podemos viver enganados, mas não vivemos estúpidos, porque não nos julgamos sensatos.
Pior do que sermos estúpidos, é sentirmos que a auto-imagem, aquilo que vemos em nós, é feita de estupidez.

PROF.HERRERO

7/04/2011

VÍDEO DE MAGIA

MULHERES

“A mulher bela é um livro com uma só página que se lê com um só olhar. A mulher bondosa e bela é um livro com tantas páginas que uma vida inteira não chega para o folhear, nem para o nosso coração sentir todas as emoções”-Severo Catalina.

Tudo se diz das mulheres e, são as próprias que mais mal falam delas mesmo. Dizem que têm a língua comprida, falam das roupas que vestem, provocam ciúmes. Referem traições e um nunca mais acabar de “lavagem de roupa suja”, como também as que mais referem essas condições de mulher, não fossem também mulheres. E dizem mais! Que os melhores amigos são homens….pois, está bem!
A perfeição do homem só existe pela permanência da mulher a seu lado e, se os homens falam das malditas mulheres, esquecem-se que não podem viver sem elas, porque são filhos de mulheres, têm filhos de mulheres, são geridos, por mulheres, mesmo quando pensam que são os reis de todas as selvas. Mas outras questões se levantam. Porque razão a maior parte das mulheres amam mais quem as aborrece e afastam-se de quem as quer? Porque se diz que as mulheres são homens imperfeitos? Que as mulheres são parecidas aos sonhos porque nunca serem como as desejamos que sejam; que as mulheres são feitas de contradição; que quem corre atrás duma mulher cheia de vaidades ela tem tendência a fugir e, se fugirmos dela, a tendência é perseguir-nos…

Num provérbio português, encontramos os seguintes ensinamentos ou comentários: três coisas fazem da mulher quase nada: um chapéu, uma briga e uma salada. Mulher magra sem ser de fome, foge dela que te come. Mulher honesta não tem ouvidos.

Todas as pessoas gostam de ser elogiadas, mas as mulheres alimentam-se deles e, quando começam a rarear, esforçam-se por tê-los de volta, fazendo tudo, até cair no ridículo para se sobressaírem, para se tornarem notadas. Sobe-lhes a auto-estima, endireitam a coluna vertebral erguendo os seios e utilizando dispendiosos produtos de camuflagem a que chamam de beleza, para se acharem belas. Hoje, nas conversas femininas, ouve-se mais falar de silicone, lipoaspiração,” botox” e outras artificialidades, do que de boa alimentação, dita saudável. Os ginásios estão cada vez com mais repletos de gente em nome do belo, a maior parte são mulheres. Muitas inventam situações para ganhar mais alguns trocados, para fazer face às necessidades extras para se enquadrarem num status social que lhes permita desenvolver a beleza, à qual chamam de evolução feminina…
“ Todos os trajes femininos são apenas uma transacção entre o desejo óbvio de se vestir e o desejo secreto de se despir.”- Lin Yuntang.
Há quem diga que não se deve confiar numa mulher que diz a verdade acerca da sua idade, porque quem assim age também não conseguirá guardar segredo em relação aos segredos dos outros. Óscar wilde dividia as mulheres em dois grupos, as feias e as que se pintam e adianta: gosto de um homem que tem um futuro e das mulheres que têm um passado. Virgílio considera que a mulher é volúvel e inconsciente, mas Virgílio não teceu considerações acerca da inconsciência porque, como diz Freud, é o inconsciente que nos domina e, como tal, é talvez a razão das mulheres serem tão intuitivas e desenvolverem capacidades de percepção em maior grau do que os homens. Falar
das mulheres é falar de um ser humano que, tal como o homem tem defeitos e qualidades…

PROF.HERRERO…ILUSIONISTA-ESCRITOR-FAQUIR- PARAPSICÓLOGO

PROF.HERRERO-MÁGICO


Prof. Herrero, nome artístico de Dagoberto Cabrita de Campos. Nasceu na cidade Algarvia de Silves em 25 de Julho de 1953.

Iniciou-se nas artes consideradas mágicas aos 13 anos de idade, altura em que realizou a sua primeira exibição pública. A partir dai fez tornées completas por todo o Portugal, algumas apresentações em Espanha, França e Àfrica, especialmente Moçambique. Ainda jovem, foi uma das estrelas do Coliseu dos Recreios em Lisboa...

Nos dias de hoje, é coadjuvado pela sua esposa Rosy, tendo o calendário praticamente preenchido durante todo o ano. Trabalhando sempre no sentido de se apresentar com a máxima originalidade, possui quatro espectáculos diferentes para casinos e hotéis, um para crianças, um de faquirismo, um de close-up, um de hipnotismo e ainda um de grandes ilusões.

Prof. Herrero é perito em magia com animais, grandes ilusões, pickpocket (carteirista de palco) e contacto com o público.

tlm: 917811955

7/02/2011


FRIVOLIDADE

« Há pessoas tão superficiais e tão frívolas, que estão longe de ter verdadeiros defeitos como de ter qualidades sólidas”.
François de la Rochefoucauld


Viemos num tempo onde cada vez mais as relações das pessoas são dominadas pela frivolidade.
A vida, a que todo um processo, aparentemente evolutivo obriga, faz com que os sentimentos sejam alterados. Assiste-se como que, a uma tal transformação a nível da consciência, tanto do indivíduo em si mesmo como do mundo que o rodeia.
Podemos, tanto dizer, que os estímulos negativos exteriores modificam o indivíduo nas suas relações em casa, como o que se passa a nível familiar leva a um relacionamento frio com os outros, fora da família.
Sinais do tempo, dirão alguns. É evidente! Mas o que levou o indivíduo a sofrer esta transformação que parece caminhar para alguma coisa tipo caos?
Várias, ou todo um processo que ao longo dos tempos o tem aniquilado.
Há, nesta nova mentalidade, algumas variantes mais evidentes como a procura incessante de valores materiais. Criou-se uma necessidade muito forte de auto
– afirmação e busca de aumentar a auto – estima através dos objectos a que chama seus. O automóvel é um deles. É como quem diz: Mostra-nos o carro que tens e eu dir-te-ei quem és…
A informação ou desinformação manipula as suas crenças e leva o indivíduo a movimentar-se numa dimensão para a qual não está muito de acordo com a sua conduta de ser humano. O humanismo que devia circular nas suas veias deu lugar a um qualquer produto gélido. Desta maneira, em vez de ser gente, tornou-se um ser maquinal. Aos poucos os seus órgãos começaram a ficar uma espécie de peças. O cérebro aproxima-se de uma máquina calculadora ou de um computador portátil…
Voltaire considera que é a natureza que nos faz frívolos para compensar as nossas misérias.
Mas o que podemos fazer para mudar esta tendência?
A primeira atitude que devemos tomar é no sentido de uma nova consciência. A consciência de que o caminho da humanidade parece ser o do egoísmo e da frieza de sentimentos. Em suma o de se movimentar como uma máquina.
A partir da altura em que temos consciência desta auto-condenação, só temos é que despertar de forma a modificarmos o nosso comportamento. Este terá que ser essencialmente humanista, ou dentro daquilo a que levou a que se considerasse o animal, dito racional, um ser humano. Para isso tem que voltar a dialogar em casa, virando as costas à máquina (leia-se televisão), a dar atenção aos que o rodeiam, a sacrificar uma ida à bola, de quando em vez, para visitar alguém que precisa de uma mão amiga, quer no hospital, na cadeia ou num lar de idosos.
Cultivar o amor, a verdadeira amizade, a solidariedade e outros valores da “alma”, seria, se estes valores se generalizassem, os ingredientes certos para que a terra se tornasse num autêntico paraíso ou no tal céu inventado para lá do último suspiro. Os vivos é que precisam de um céu e são eles (nós) que temos contribuído para que a vida se transformasse num autêntico inferno.
Termino com uma citação de Marquês de Sade:
“A frivolidade não é o meu vício”

PROF.HERRERO-MÁGICO!!!

O SEU VALOR........


O SEU VALOR

“Uma coisa vale o que o comprador pagou por ela” (Syrus)

Já alguma vez pensou no seu próprio valor? Procure atribuir a si mesmo um determinado preço. Faça mais ou menos assim; em vez de se dividir em partes, considere a sua totalidade e dê-lhe um certo valor. Não lhe coloque valores demasiado altos, mas também não se ponha em saldos.
De acordo com o seu “preço certo” tomará consciência daquilo que lhe podem oferecer e, mesmo que a transacção não seja conseguida de imediato, os interessados acabarão por reparar que o seu valor está fixado. Aqueles que acharem que o preço está elevado, perguntar-se-ão que espécie de pessoa é, e o que na verdade o valoriza. Agora se não tiver essa noção, reduzir-se-á ao indivíduo barato, aquele que, cujo valor é pouco mais do que nada.
Veja que existe muito pouca gente interessada em algo sem valor. Até o pedinte repara na moeda que recebe e, se por vezes não a rejeita, é porque sabe que a sua condição não permite tal procedimento.
Ovídio, diz que não há caminho impossível para o valor.
De facto, você é aquilo que pensa que é e, se não se auto - valorizar, os outros também não vão dar grande coisa por si. Seja o seu próprio avaliador e procure fazer sempre um pouco mais por essa pessoa que é você.
Não me pergunte o que deve mudar. Isso é unipessoal. Cada indivíduo saberá como deve agir. Sim, agir! Ninguém operará qualquer mudança se não passar à acção. Contudo, vou dar-lhe algumas referências que podem ser ou não melhor para si:
1ª - Saia do vazio e ame a si mesmo.
Etienne de Senancour, refere que o vazio e a verdade opressiva estão no coração daquele que se procura a si mesmo: A ilusão arrebatadora não pode vir se não daquele que se ama.
Daquele que se ama. Reparou bem?
Melhore a sua imagem, independentemente das suas condições físicas. Desta forma, sentir-se-á melhor consigo próprio, ouvirá elogios e partirá para qualquer empreendimento com profunda segurança. Sentindo-se seguro, os outros também vão sentir essa vibração...
2ª - Não seja negativo.
Deixe de falar mal de si, da vida e dos outros. Se for um crítico negativo, receberá como troca uma impressão negativa. Os outros dirão: Se ele fala dos outros, desta maneira, também é possível que faça o mesmo em relação a nós. Como pode aperceber-se, esta não será a melhor maneira de o valorizarem. De igual modo, como é que quer que gostem de si, se você é o primeiro a achar que não presta? Será que alguém gosta de quem está sempre a falar mal da vida? Acha que pode ter progressos na estrada do positivo se a sua conduta não mais é do que cruzamentos perigosos?
3ª - Escolha as palavras.
Pitágoras, considera que as palavras são os suspiros da alma.
Bem, na minha opinião, as palavras nem sempre espelham o que vai na alma. Os gestos, o olhar e as outras formas de expressão, mais subjectivas, indicam mais correctamente os tais suspiros da alma.
Apesar de toda esta consideração, as palavras continuam a ser a melhor forma de comunicarmos com os outros, razão pela qual, devemos dar uma grande atenção às coisas ditas. O melhor ainda é procurar mudanças dentro dos pensamentos. Pensamentos diferentes e conhecimentos diferentes, fazem surgir palavras igualmente diferentes...
Seguindo este percurso, saberá certamente alcançar outros meios de se valorizar. Esforce-se por ter mais saúde, mais conhecimentos, melhorando desta maneira a subida na escada profissional. Igualmente aproxime-se cautelosamente dos que já são considerados com valor. A melhor maneira é explorar algo que os outros possam admirar. Se puder e, com certeza que pode, procure ser considerada uma pessoa diferente. Prima por alguma diferença. Perceba que o mundo está cheio de gente semelhante. O sempre igual ou parecido provoca monotonia e esta produz cansaço, sonolência e algum esgotamento.
Agora que está pronto para fixar o seu valor, procure mantê-lo.
Embeleze a sua alma e verá que ela se reflecte no seu corpo, na sua conduta, nas suas relações e no seu viver. Olhe para o seu rosto e pense como Marcel Jouhandeau que considera ser o rosto o verdadeiro brasão de cada um...
Para a semana vamos discutir a felicidade. Será que Goethe tem razão quando diz, que feliz é apenas aquele que ama ou Oscar Wilde quando afirma que um homem pode viver feliz com qualquer mulher – desde que não a ame. Aceito sugestões!

Prof_herrero@hotmail.com

SOM BINAURAL


O DINHEIRO

Falar de dinheiro, é como fazermos referência a um deus ou a um diabo, por se tratar de algo que vale e tem a força que lhe damos. A adoração que muitos lhe têm é semelhante á crença divina, enquanto outros desprezam-no como se tratasse de um força diabólica. O certo é que, tal como qualquer moeda, tem duas faces, ambas de metal, podendo-se dizer que de um lado está o bem e no outro o diabo porque, embora o dinheiro não passe de papel ou metal, é o homem que representa o bom ou o mau que lhe é atribuído, sendo também o próprio homem que tem que ser responsabilizado pelo que faz e da forma como o utiliza.

Fermin de Alcaraz diz que: Há no dicionário três palavras que causam a ruína do rico e três outras que causam o bem-estar do pobre; as primeiras são «luxo». «ambição» e «soberania» as segundas, «trabalho», «honradez» e «poupança».

O dinheiro favorece todo o tipo de loucuras ao ponto de haver quem encomende a morte de outros com um punhado de moedas. Países entram em guerras por um poço de petróleo, sem qualquer respeito pela vida humana, existindo até quem venda a alma quando vê luzir as chapinhas metálicas. Quantas pessoas estão em listas de espera, para serem tratadas por meios médicos? Por vezes levam meses e até anos, à espera de uma consulta ou de uma operação cirúrgica. É evidente que, quem tem dinheiro para se tratar, consegue com rapidez acesso aos meios adequados de tratamento. Nestes casos o dinheiro tem uma faceta divina, enquanto aqueles de bolso vazio, em desespero, com fome e com doenças por tratar acham que não ter dinheiro é o diabo.

A maior parte das fortunas encerram grandes segredos e, apesar do dinheiro não dar felicidade, penso que não haverá alegria entre aqueles que, de barriga vazia, se embriagam nas ideias do nada ter. Contentar-se com pouco não é preocupante, o que preocupa muita gente é perceberem que mais dia, menos dia podem tudo perder…e perdem, porque ninguém leva, seja o que for, para as regiões ignotas de uma qualquer dimensão ou Além.

Muita gente vive pobre e morre rica. Acumula riqueza, mas faz vida de pobre, só para não gastar e, depois de morrerem, outros se apoderam daquilo que amealharam gananciosamente durante uma vida inteira … Ricos com mentalidades pobres, e de tanta pobreza de espírito tornam-se estúpidos.

Jean Jacques Rousseau diz que a igualdade na riqueza deve residir em que nenhum cidadão seja tão rico que possa comprar outro, nem nenhum tão pobre que precise de se vender.
O dinheiro tanto leva um indivíduo a sentir-se um escravo como um senhor, mas o ambicioso desmedido passa por cima da família, dos amigos e até dos próprios irmãos, para atingir os seus doentios objectivos.
O dinheiro é um mal necessário, que atrai falsos amigos e verdadeiros traidores.

6/30/2011


ACREDITAR, ACREDITANDO

Mesmo aqueles que dizem não acreditar em nada, acreditam em alguma coisa. Mesmo para viver temos que acreditar que vivemos, mas vivemos muito melhor quando acreditamos nas várias possibilidades que a vida nos dá. Podemos não acreditar em Deus, no Diabo num qualquer Céu ou Inferno, mas podemos olhar para dentro de nós mesmos e inventarmos deuses, diabos, céus e infernos. O que se acredita estar fora de nós podemos colocar dentro do nosso eu. Há quem faça da vida um inferno do nosso imaginário, esperando um dia, após a morte, encontrar a beleza de um céu. É preferível fazermos da nossa vida um paraíso com as portas bem abertas para o céu do nosso bem-estar, do respeito para o nosso semelhante, da alegria de viver e de muitos outros aspectos desse “milagre” que é a própria vida.

Existem crenças para todos os gostos. Umas nascem por questões geográficas, outras por interesse de certas organizações, outras porque preenchem certas necessidades e outras ainda, existem como de escudo invisível se tratasse, para proteger a fragilidade do ser.

Contudo, uma parte das crenças, não me referindo somente às religiosas, são mais negativas do que positivas e de certa maneira prejudicam mais do que estimulam. Nesta linha de pensamento, podemo-nos questionar acerca das crenças que têm como base o renascimento ou a reencarnação, já que, em todos os momentos da vida, respiramos e, respirar significa que repetimos o nascimento, a primeira respiração. Nascemos em cada momento e é esta beleza, a de estarmos permanentemente a renascer, que devemos guardar nos nossos corações.

Especulamos para nos confortar. Talvez porque é difícil aceitar a finitude da vida. A própria Bíblia diz que a morte é um sono sem sonhos e de que os mortos não são cônscios de nada. Se acreditarmos nestas sabedoras palavras, a morte è um sono, mas onde não se sonha, o que nos leva a crer que é ainda mais tranquilo, porque no sono dos vivos aparecem sonhos povoados de pesadelos e, se os mortos não têm consciência de nada, como é óbvio, nunca podem sentir estímulos como a dor. O pensamento budista diz que, para se perceber a morte, basta seguirmos por um caminho que não tenha ida nem volta. A vida é circular, onde o princípio e o fim estão no mesmo lugar.

Quando acreditamos e desejamos que as coisas sejam de acordo com o nosso acreditar, corremos muitas vezes o risco de vivermos de acordo com a nossa crença e rejeitarmos as crenças dos outros. Desta forma enveredamos por um caminho algo perigoso que pode desembocar naquilo a que chamamos fanatismo. Tem sido o aproveitamento desse crer ainda mais cego que tem sido explorado para promover violência, nas suas múltiplas variantes onde, a mais nefasta de todas é a guerra.

A fé, sendo uma convicção que não precisa de provas, tornando-se por vezes cega, por não querer ver mais nada, pode tornar-se igualmente perigosa.
Acreditarmos sim e vivermos com fé e força, para alcançarmos os nossos objectivos que sejam bons e positivos, não só para nós, mas também para os outros, é a melhor forma de abraçarmos as mais fortes e positivas forças do cosmos.


Prof.herrero ( mágico-escritor e pesquisador em parapsicologia académica)

ACREDITAR ACREDITANDO

ACREDITAR, ACREDITANDO

Mesmo aqueles que dizem não acreditar em nada, acreditam em alguma coisa. Mesmo para viver temos que acreditar que vivemos, mas vivemos muito melhor quando acreditamos nas várias possibilidades que a vida nos dá. Podemos não acreditar em Deus, no Diabo num qualquer Céu ou Inferno, mas podemos olhar para dentro de nós mesmos e inventarmos deuses, diabos, céus e infernos. O que se acredita estar fora de nós podemos colocar dentro do nosso eu. Há quem faça da vida um inferno do nosso imaginário, esperando um dia, após a morte, encontrar a beleza de um céu. É preferível fazermos da nossa vida um paraíso com as portas bem abertas para o céu do nosso bem-estar, do respeito para o nosso semelhante, da alegria de viver e de muitos outros aspectos desse “milagre” que é a própria vida.

Existem crenças para todos os gostos. Umas nascem por questões geográficas, outras por interesse de certas organizações, outras porque preenchem certas necessidades e outras ainda, existem como de escudo invisível se tratasse, para proteger a fragilidade do ser.

Contudo, uma parte das crenças, não me referindo somente às religiosas, são mais negativas do que positivas e de certa maneira prejudicam mais do que estimulam. Nesta linha de pensamento, podemo-nos questionar acerca das crenças que têm como base o renascimento ou a reencarnação, já que, em todos os momentos da vida, respiramos e, respirar significa que repetimos o nascimento, a primeira respiração. Nascemos em cada momento e é esta beleza, a de estarmos permanentemente a renascer, que devemos guardar nos nossos corações.

Especulamos para nos confortar. Talvez porque é difícil aceitar a finitude da vida. A própria Bíblia diz que a morte é um sono sem sonhos e de que os mortos não são cônscios de nada. Se acreditarmos nestas sabedoras palavras, a morte è um sono, mas onde não se sonha, o que nos leva a crer que é ainda mais tranquilo, porque no sono dos vivos aparecem sonhos povoados de pesadelos e, se os mortos não têm consciência de nada, como é óbvio, nunca podem sentir estímulos como a dor. O pensamento budista diz que, para se perceber a morte, basta seguirmos por um caminho que não tenha ida nem volta. A vida é circular, onde o princípio e o fim estão no mesmo lugar.

Quando acreditamos e desejamos que as coisas sejam de acordo com o nosso acreditar, corremos muitas vezes o risco de vivermos de acordo com a nossa crença e rejeitarmos as crenças dos outros. Desta forma enveredamos por um caminho algo perigoso que pode desembocar naquilo a que chamamos fanatismo. Tem sido o aproveitamento desse crer ainda mais cego que tem sido explorado para promover violência, nas suas múltiplas variantes onde, a mais nefasta de todas é a guerra.

A fé, sendo uma convicção que não precisa de provas, tornando-se por vezes cega, por não querer ver mais nada, pode tornar-se igualmente perigosa.
Acreditarmos sim e vivermos com fé e força, para alcançarmos os nossos objectivos que sejam bons e positivos, não só para nós, mas também para os outros, é a melhor forma de abraçarmos as mais fortes e positivas forças do cosmos.


Prof.herrero ( mágico-escritor e pesquisador em parapsicologia académica)
CAMINHOS CRUZADOS

Nas encruzilhadas da vida, procuramos o caminho, como inventores de destinos, viajantes de malas aviadas, sem bússolas e sem rumo, peregrinos do tudo e do nada, que nunca sabemos para onde vamos, mesmo quando apontamos numa direcção…
Podemos não ser donos do nosso destino, mas também não somos donos dos caminhos, nem são as estrelas que nos ditam o que há-de vir ou para onde ir…
Acreditarmos que já temos o destino traçado, é como atravessarmos uma rua movimentada sem nos preocuparmos quantos carros nos vão passar por cima, porque um controlador de destinos, ligado aos “iluminados” das estrelas, sabe a altura certa para sermos atropelados.

Se acreditarmos nuns e consultarmos os outros, temos a certeza de que podemos atravessar qualquer rua, por mais movimentada que seja, mesmo de olhos fechados, sem corrermos qualquer risco… (???)

Juan de Alarcon diz que do Céu é a inclinação/O sim e o não são meus/ Que o fado no arbítrio/ não tem jurisdição.

Há quem acredite que temos o destino traçado, como há quem acredite que somos nós a traçá-lo. Se estivermos virados para o racional, sem demagogias nem certezas, não devemos estar preocupados com isso. Quem quer que tenha razão, devemos agir como se fôssemos nós a escolhê-lo, porque para além de nos dar maior segurança, sempre evitamos ser influenciados por aqueles que anunciam saber o que nos vai acontecer… o nosso destino!
Platão achava que só os espíritos fracos precisavam de destino, Shakespeare, por seu lado, considerava ser o destino a baralhar as cartas, mas que seríamos nós a fazermos o jogo, enquanto que Lin Yutang diz-nos que o destino dos homens é governado pelas suas acções passadas e presentes.

Com tantas sentenças, há quem não saiba o que fazer. Chamamos destino a tudo o que achamos que não controlamos, que foge ao nosso poder. Mas existem destinos que toda a gente sabe que não podemos fugir. Entre eles, está a morte, esse o destino certo a que ninguém pode fugir. Cada comportamento leva a um resultado, a um destino, mas num campo de tantas dúvidas, de caminhos cruzados, o melhor mesmo é seguirmos o caminho, aquele que cada um procura percorrer e, quando um caminho não nos leva aos objectivos desejados, devemos escolher outro. Devemos dar mais atenção aos nossos objectivos do que andarmos à procura do destino. Perdemos tempo em coisas fúteis e inúteis, parecendo ser, esse sim, o destino de muita gente.
“ Se sabes que nada podes fazer contra o teu destino, porque te provoca tanta ansiedade a incerteza do amanhã? Se não fores tolo goza o momento presente” – Omar Khyyam.
Este é o momento que sabemos que estamos a viver, este é o nosso momento e, cada momento é um momento que devemos fazer tudo para sentirmos a alegria da vida, com tudo o que de belo ela encerra. Sabemos que, no seu percurso, encontramos caminhos cruzados onde, não sabemos por onde ir, mas também encontramos pontes e atalhos e passagens para uma qualquer outra margem… muito por onde escolher e passar sem termos que nos render às forças que regem o que chamamos destino, quer ou não exista.
Por minha parte, quero aceitar que cada vida constrói o seu destino e mesmo isso pouco me importa. Este é momento que destinei para vós.
Prof.herrero

5/21/2011

A ERA DE TODAS AS CRISES

Quase por casualidade vi na televisão o Sr. Presidente da República, dizer, nas comemorações do “ 5 de Outubro” que o povo português não mais podia ser iludido em relação à economia. Mas é evidente, Sr. Presidente. Os que ainda acreditam nos políticos, esses, pertencem a um grupo minoritário que acredita em tudo, pelo que, o discurso de V. Ex.ª não mais foi do que ouvirmos aquilo que já sabíamos. Mas, certamente que teve mérito, porque de resto o que estamos habituados a ouvir todos dias, ou quase, é que hoje alguém assume uma responsabilidade e no dia seguinte dá o dito pelo não dito, e já não cá está quem se responsabilizou. Como nos querem fazer de estúpidos, o pessoal, que é a maioria, fica confuso.
Pois bem, como sabe, Sr. Presidente, essa coisa de apertar o cinto já é bem conhecida dos portugueses, como é a questão dos portugueses colocarem pedras nos depósitos de combustível, para dar a ideia de que está cheio do necessário líquido. Talvez por engano e não para parecer bem, seja confundido pedra com “petra” que deu origem à palavra inglesa “petrol” ou que, em português, nos levou a chamar-lhe petróleo. Logo, quem assim faz não é parvo de todo, uma pedra mais óleo = petra+ óleo, resulta em petróleo.
Todo e qualquer neologismo, é da minha inteira responsabilidade. Quer dizer, também não me responsabilizo. Voltei com a palavra atrás. Se neste país ninguém se responsabiliza de nada, e dá o dito pelo não dito, porque hei-de ser eu a me armar em honesto? Não me responsabilizo, pronto. Só o farei, quando os que nos governam falarem a sério…
V.Ex.ª também pediu para sermos todos a resolvermos a crise. Desculpe Sr. Presidente, mas a verdade é que temos sido sempre nós (o povo mais teso, a quem chamam de mexilhão, o primeiro a bater nas rochas). Ora, ora, Sr. Presidente, essa também não é novidade. Resolver crises, nunca, esse povo parou de fazer. O orgulho de sermos portugueses.

Veja, V.Ex.ª se, para o ano, nos trás um discurso mais optimista, onde a crise, (se ainda persistir) …. Desculpem-me leitores, está na hora de uma boa gargalhada (HÁ HÁ HÁ). Claro que persiste!!!! Mas dizia eu, gostava que no próximo discurso nos desse a alegria de que a crise já passara, graças a uma lei interna do governo que obrigou a que os Bancos vendessem todo o material espoliado aos devedores de créditos, muitos quase parecia oferta, ou até insistiam para os clientes aceitarem, sendo uma parte considerável do património português.

Portugal está nas Suas mãos. Puxe as orelhas a quem pouco faz para nos ajudar (motivando-nos), para que possamos todos, todos mesmos, sem excepção, afugentarmos essa expressão demasiado ouvida e sentida, a que deram o nome de crise.

De tanto se falar em crise, pareço-me que este tempo em que vivemos pode ser apelidado de, era da crise ou, se quiserem, a crise da era. Porque outras crises fazem parte deste mundo em que vivemos, como a familiar, a da justiça, a da saúde e tantas outras que, se quisermos, desemboca na sexual…perguntem a Sigmund Freud!
Voltarei a assuntos similares, nos próximos capítulos de “mundo do oculto”, nomeadamente a crise do preservativo que se avizinha, declarada por Sua Santidade, o Papa Bento XVI.

Mais do que nos anos 60 esta, a era de todas as crises, em que podemos dizer que os homens estão a enlouquecer e os deuses a dormir.

A CRISE ANTES DA CRISE...

A ERA DE TODAS AS CRISES

Quase por casualidade vi na televisão o Sr. Presidente da República, dizer, nas comemorações do “ 5 de Outubro” que o povo português não mais podia ser iludido em relação à economia. Mas é evidente, Sr. Presidente. Os que ainda acreditam nos políticos, esses, pertencem a um grupo minoritário que acredita em tudo, pelo que, o discurso de V. Ex.ª não mais foi do que ouvirmos aquilo que já sabíamos. Mas, certamente que teve mérito, porque de resto o que estamos habituados a ouvir todos dias, ou quase, é que hoje alguém assume uma responsabilidade e no dia seguinte dá o dito pelo não dito, e já não cá está quem se responsabilizou. Como nos querem fazer de estúpidos, o pessoal, que é a maioria, fica confuso.
Pois bem, como sabe, Sr. Presidente, essa coisa de apertar o cinto já é bem conhecida dos portugueses, como é a questão dos portugueses colocarem pedras nos depósitos de combustível, para dar a ideia de que está cheio do necessário líquido. Talvez por engano e não para parecer bem, seja confundido pedra com “petra” que deu origem à palavra inglesa “petrol” ou que, em português, nos levou a chamar-lhe petróleo. Logo, quem assim faz não é parvo de todo, uma pedra mais óleo = petra+ óleo, resulta em petróleo.
Todo e qualquer neologismo, é da minha inteira responsabilidade. Quer dizer, também não me responsabilizo. Voltei com a palavra atrás. Se neste país ninguém se responsabiliza de nada, e dá o dito pelo não dito, porque hei-de ser eu a me armar em honesto? Não me responsabilizo, pronto. Só o farei, quando os que nos governam falarem a sério…
V.Ex.ª também pediu para sermos todos a resolvermos a crise. Desculpe Sr. Presidente, mas a verdade é que temos sido sempre nós (o povo mais teso, a quem chamam de mexilhão, o primeiro a bater nas rochas). Ora, ora, Sr. Presidente, essa também não é novidade. Resolver crises, nunca, esse povo parou de fazer. O orgulho de sermos portugueses.

Veja, V.Ex.ª se, para o ano, nos trás um discurso mais optimista, onde a crise, (se ainda persistir) …. Desculpem-me leitores, está na hora de uma boa gargalhada (HÁ HÁ HÁ). Claro que persiste!!!! Mas dizia eu, gostava que no próximo discurso nos desse a alegria de que a crise já passara, graças a uma lei interna do governo que obrigou a que os Bancos vendessem todo o material espoliado aos devedores de créditos, muitos quase parecia oferta, ou até insistiam para os clientes aceitarem, sendo uma parte considerável do património português.

Portugal está nas Suas mãos. Puxe as orelhas a quem pouco faz para nos ajudar (motivando-nos), para que possamos todos, todos mesmos, sem excepção, afugentarmos essa expressão demasiado ouvida e sentida, a que deram o nome de crise.

De tanto se falar em crise, pareço-me que este tempo em que vivemos pode ser apelidado de, era da crise ou, se quiserem, a crise da era. Porque outras crises fazem parte deste mundo em que vivemos, como a familiar, a da justiça, a da saúde e tantas outras que, se quisermos, desemboca na sexual…perguntem a Sigmund Freud!
Voltarei a assuntos similares, nos próximos capítulos de “mundo do oculto”, nomeadamente a crise do preservativo que se avizinha, declarada por Sua Santidade, o Papa Bento XVI.

Mais do que nos anos 60 esta, a era de todas as crises, em que podemos dizer que os homens estão a enlouquecer e os deuses a dormir.

4/23/2011

ASPECTO DO JANTAR DOS 13



UM JANTAR QUE ESCLARECE A CRENDICE....COM MUITA ALEGRIA.... E SEM MEDOS...

QUE SIGNIFICA O 33???

• Três (3) é o primeiro número sagrado, o primeiro número perfeito [Wescott, 41]. Três representa a Trindade Pagã [Wescott, pg 37] Ele é representado geometricamente no triângulo, e espiritualmente como o Terceiro Olho do hinduísmo. Os ocultistas multiplicam e adicionam três aos outros números sagrados para criar novos números. Entretanto, também agrupam três em grupos de dois ou de três, pois acreditam no princípio da "intensificação", isto é, que grande poder é obtido quando um número sagrado é agrupado. No caso do três, uma maior intensificação é obtida quando ele é mostrado como 33 ou 333. Quando Hitler cometeu suicídio, organizou os detalhes do horário de modo a criar um três triplicado (333). Você pode ver como 333 formou a estrutura para essa ocasião da mais alta importância? Logicamente, 333 + 333 = 666. Os ocultistas usam 333 como um símbolo oculto pelo qual apresentam o número mais ofensivo 666. Quando os detalhes de um evento são assim organizados, de forma a conter certos números ocultistas sagrados ou combinações numéricas, essa é literalmente a assinatura ocultista de um evento. Somente os ocultistas reconhecerão essa assinatura
Fonte(s):
http://www.espada.eti.br/n1478.asp

OS ARTISTAS CONVIDADOS

33º JANTAR DOS 13 EM 13/O5/2011

PRESS RELEASE

33º JANTAR DOS 13 CONTRA O MEDO A SUPERSTIÇÃO E O AGOURO
LUTA CONTRA O CHARLATANISMO
UMA CRIAÇÃO de PROF. HERRERO: ILUSIONISTA, ESCRITOR, PARAPSICÓLOGO, HIPNOTIZADOR E FAQUIR.
Em 13 de Maio de 2011 – SEXTA-FEIRA 13 – Prof. Herrero organiza a 33º JANTAR DOS 13,evento que atrai seguidores, não só de Portugal mas também de outros países. Considerado uma tradição, o jantar dos 13 é o único evento que se tornou numa verdadeira luta, não só contra a superstição, bruxaria e crenças nocivas que condicionam o ser humano, prejudicando-o no seu bem estar psicológico, físico, económico, como também se tornou na maior luta contra o charlatanismo e falsos iluminados. Como é habitual, os participantes vestem de preto, e sentam-se em mesas de 13, onde os talheres se encontram cruzados, o sal entornado, espelhos partidos e um sem número de objectos e animais, ligados ao mundo da superstição, no qual se inclui A BRUXARIA e outras crenças consideradas nefastas para a mente humana.
Num ambiente algo macabro mas também de festa, os convivas passam por baixo de um escadote, até entrarem na sala que se encontra rigorosamente decorada, basicamente em negro e com imensos símbolos ligados ao mundo da superstição, como guarda-chuvas abertos, o morto no caixão, mochos e gatos pretos etc. etc.
Num ambiente que o nosso imaginário associa às chamadas casas assombradas, com imensas velas acesas, grandes candelabros e outros adereços considerados pertença do mundo do oculto. O cheiro a incenso e as muitas e enormes teias de aranha, bem como os sons de arrepiar, ora vindos de cânticos gregorianos ora das mais variadas situações gravadas nos arquetípicos do inconsciente colectivo, levam os convivas a entrarem num mundo onde se confrontam com os seus irracionais medos…
PORQUÊ TUDO ISTO?
Porque demonstramos desta maneira que não somos dominados pelo medo daquilo que os supersticiosos receiam e isso, só é possível em situações com um ambiente como este, criado no jantar dos 13.É importante que esta mensagem seja divulgada e repetida pela comunicação social: de que as crenças supersticiosas estão a mais nas vidas das pessoas, para que, cada vez mais gente siga o nosso exemplo.
Nesta edição contaremos com artistas bastantes conceituados.
O delicioso jantar gastronomicamente cuidado, é especialmente “confeccionado” para o efeito:

• Pão Bolorento;
• Entradas de Morcego e Lagartixa;
• Sopa de Aranhas Pretas;
• Marisco do Mar do Terror;
• Carnes Variadas de Gato Preto e Morcego
• Saladas mistas de lesmas com mau-olhado;
• Sobremesas do Cemitério;
• Café do 13º Inferno;
• Vinhos: Sangue de Drácula e Mistela de Morcego



ESTA É A 33ª EDIÇÃO DO JANTAR DOS 13

OS CONVIVAS TERÃO OBRIGATOTIAMENTE QUE PASSAR POR BAIXO DE UM ESCADOTE

33º JANTAR DOS 13 CONTRA A SUPERSTIÇÃO

RUI DA MARISQUEIRA EM SIVES APOIA JANTAR DOS 13

1/13/2011

DUAS ALMAS


TER DUAS ALMAS

Não é para arranjar qualquer confusão. Nada disso. Quem pode dizer que tem duas almas? Quem assim pode afirmar é quem, de verdade, tem um amigo. A amizade, é a parte mais nobre do ser humano, contudo, não se poderá dizer que tudo é assim linear. A sociedade, na qual estamos inseridos, rotula-nos pelas amizades que temos. Se somos amigos de um ladrão, somos tidos como tal, se entre as nossas amizades estão homossexuais, corremos também o risco de nos julgarem dessa forma e, estas coisas, estão tão enraizadas nas mentalidades do ser que raramente fugimos a estes preconceitos. Mas a amizade não pode escolher opções do ser e do estar, porque acontece entre pessoas, por vezes, completamente diferentes. Tudo se diz acerca da amizade e, certamente não terminará aqui. José Echegaray diz: não há amigo de amigo, não há familiares nem família, nem tão pouco irmãos, quando há ambição pelo meio. Esta análise, leva-nos a suspeitar que a ambição é inimiga da amizade. Outra vez os jogos de interesses, do dinheiro, do poder e de outros venenos que contribuem para apodrecer a realidade mais bela do ser. O amigo diz, convicto, fica, em vez de vai. Quando um assume ar de superioridade, a amizade perde-se, porque ela dura quando entre amigos existe a consciência de igualdade e não de seres superiores. Nunca se deverá ridicularizar a quem chamamos amigo. Não devemos esquecer que é mais fácil encontramos alguém que se apaixone por nós, do que um verdadeiro amigo, porque, como diz Jean de Bruyère, o amor nasce subitamente, por temperamento ou fraqueza, quando um traço de beleza nos desperta e nos prende. A amizade, pelo contrário, constrói-se pouco a pouco, com o tempo, na prática, por um longo convívio.

Contudo, da amizade, pode nascer um grande amor mas, ao contrário, é mais difícil. O amor transforma-se mais facilmente em ódio do que em amizade. Os amigos são, o que se pode dizer, escolhidos por nós, ao contrário da família que, podemos dizer foi fruto do acaso. Os amigos, quando deles precisamos, aparecem sem os chamarmos, como que recebessem por vias extra-sensoriais informações do cosmos. Dos falsos amigos nem é bom falarmos, razão que levou alguém a dizer que um falso amigo é pior do um inimigo. Penso que sim. Afinal de contas, ao consideramos alguém como verdadeiro amigo, não supomos que nos traia, ou que, nas nossas costas, tenha um comportamento de maldade. Em relação ao inimigo, já sabemos com o que podemos contar, pelo que não nos vai chocar…porque de inimigos tudo podemos esperar.

“ A amizade é uma associação formada entre as pessoas que professam mutuamente um carinho mais forte do que o resto dos homens.”-Barão de Holbach.

Às vezes dizemos a um amigo o que nunca diríamos a outras pessoas, até aquilo que ele não gostaria de ouvir mas, a forma como o fazemos é diferente e, também a maneira de entender é igualmente nobre, por saber que um amigo verdadeiro nunca diria coisas para o aborrecer ou para o deixar ficar mal.
Se nos zangamos e não perdoamos, então é porque a amizade não tinha a grande expressão que geralmente lhe atribuímos….
A amizade verdadeira, não pode ficar abalada por ofensas ingénuas ou superficiais e, como tal, temos também o direito de reconhecer o que perturba a outra parte, porque o estado de espírito nem sempre é o mesmo e, o nosso amigo pode não estar a passar por um momento muito agradável…
Seja como for, quem tem um amigo, tem duas almas e, certamente, ambas contribuem para o bem-estar de ambos.

1/12/2011

MULHERES


FALANDO DAS MULHERES

“A mulher bela é um livro com uma só página que se lê com um só olhar. A mulher bondosa e bela é um livro com tantas páginas que uma vida inteira não chega para o folhear, nem para o nosso coração sentir todas as emoções”-Severo Catalina.

Tudo se diz das mulheres e, são as próprias que mais mal falam delas mesmo. Dizem que têm a língua comprida, falam das roupas que vestem, provocam ciúmes. Referem traições e um nunca mais acabar de “lavagem de roupa suja”, como também as que mais referem essas condições de mulher, não fossem também mulheres. E dizem mais! Que os melhores amigos são homens….pois, está bem!
A perfeição do homem só existe pela permanência da mulher a seu lado e, se os homens falam das malditas mulheres, esquecem-se que não podem viver sem elas, porque são filhos de mulheres, têm filhos de mulheres, são geridos, por mulheres, mesmo quando pensam que são os reis de todas as selvas. Mas outras questões se levantam. Porque razão a maior parte das mulheres amam mais quem as aborrece e afastam-se de quem as quer? Porque se diz que as mulheres são homens imperfeitos? Que as mulheres são parecidas aos sonhos porque nunca serem como as desejamos que sejam; que as mulheres são feitas de contradição; que quem corre atrás duma mulher cheia de vaidades ela tem tendência a fugir e, se fugirmos dela, a tendência é perseguir-nos…

Num provérbio português, encontramos os seguintes ensinamentos ou comentários: três coisas fazem da mulher quase nada: um chapéu, uma briga e uma salada. Mulher magra sem ser de fome, foge dela que te come. Mulher honesta não tem ouvidos.

Todas as pessoas gostam de ser elogiadas, mas as mulheres alimentam-se deles e, quando começam a rarear, esforçam-se por tê-los de volta, fazendo tudo, até cair no ridículo para se sobressaírem, para se tornarem notadas. Sobe-lhes a auto-estima, endireitam a coluna vertebral erguendo os seios e utilizando dispendiosos produtos de camuflagem a que chamam de beleza, para se acharem belas. Hoje, nas conversas femininas, ouve-se mais falar de silicone, lipoaspiração,” botox” e outras artificialidades, do que de boa alimentação, dita saudável. Os ginásios estão cada vez com mais repletos de gente em nome do belo, a maior parte são mulheres. Muitas inventam situações para ganhar mais alguns trocados, para fazer face às necessidades extras para se enquadrarem num status social que lhes permita desenvolver a beleza, à qual chamam de evolução feminina…
“ Todos os trajes femininos são apenas uma transacção entre o desejo óbvio de se vestir e o desejo secreto de se despir.”- Lin Yuntang.
Há quem diga que não se deve confiar numa mulher que diz a verdade acerca da sua idade, porque quem assim age também não conseguirá guardar segredo em relação aos segredos dos outros. Óscar wilde dividia as mulheres em dois grupos, as feias e as que se pintam e adianta: gosto de um homem que tem um futuro e das mulheres que têm um passado. Virgílio considera que a mulher é volúvel e inconsciente, mas Virgílio não teceu considerações acerca da inconsciência porque, como diz Freud, é o inconsciente que nos domina e, como tal, é talvez a razão das mulheres serem tão intuitivas e desenvolverem capacidades de percepção em maior grau do que os homens. Mas falar
das mulheres é falar de um ser humano que, tal como o homem tem defeitos e qualidades…

QUERO LÁ SABER


QUERO LÁ SABER…

Manílio diz que cada pessoa é uma pequena imagem de Deus. Pois bem, para alguém concluir tal hipótese tem que conhecer as pessoas e conhecer Deus, o que eu duvido. Contudo, tanto Deus como as pessoas podem ser vistas por diversos ângulos e o que cada um vê é com cada qual. Não quero saber, nem me abre o apetite à discussão, porque é assim: em relação às pessoas serem pequenas imagens de Deus, Deus teria que ser frágil, ambicioso pela negativa, maldoso, corrupto e tantas coisas mais atribuídas ao homem e que demonstram bem o abismo existente entre um Criador e os que foram criados por Ele. Se, para termos uma ideia de Quem nos criou, olhamos para a sua obra, que somos nós, e achamos que alguma coisa deve estar errada, porque o produto acabado é feito de uma matéria de tal forma corrosiva que não deve existir moldes divinos para formar tais absurdos mas, como diz Santo Agostinho, consegue-se compreender melhor a DIVINDADE ignorando-a, o que nos leva a outra situação, ou a divindade é filha da ignorância ou Deus criou-a, como uma forma de sabedoria, para se perceber o divino, o que pressupõe um mundo de coisas absurdas. O não-saber, neste caso é igual ao saber e, se assim é, não existe razão para se avançar para lá da ignorância, por ser só desta maneira que se compreende melhor as coisas, mesmo as divinas.
Aristóteles diz, entre outras coisas, que Deus é no mundo, como um maestro é para a orquestra, ou o comandante é para o seu exército. Ora bem, mais um pensamento pouco pensado. Deus nunca pode ser comparado a um maestro ou a um comandante. É evidente que existem bons e maus maestros, mas a ideia dos que aceitam Deus, nunca poderá ser a de um mau comandante ou de um mau maestro, porque estes “predicados” só podem ser atribuídos aos homens, senão porque andaria tudo “à batadada?”. Deus só tinha que ter uma orquestra afinadinha e um exército bem alinhadinho…e não andar cada um a marcar passo para o seu lado, que é o que acontece, por nos ter sido dado “o livre arbítrio”.
Como diz Mazzini, Deus existe porque existimos; vive na nossa consciência, na consciência da humanidade, no universo que nos circunda.
Mas a questão que pode ser levantada, é se Deus deixa de existir quando perdemos a consciência ou quando deixamos de existir. Neste pensamento, Deus só existe porque foi criado pelo homem logo, quando este perde a consciência ou deixa de existir, Deus não tem mais razão de existir também.
E o resto que foi atribuído à criação de Deus? Das plantas aos peixinhos, dos oceanos ao firmamento, da formiga ao elefante?
Quer dizer, como sem pessoas não existe consciência e sem consciência não existe Deus, os outros seres só podem existir numa anarquia desgovernada…” sem comandante ou maestro”.
Por minha parte estou-me nas tintas. Quero lá saber? Nem pedi para vir nem para partir, e não estou para estragar a minha “mona” com questões que não me levam a parte alguma. Não estou contra os que aceitam e os que não aceitam Deus e, quer exista ou não, não é por eu acreditar ou não acreditar na Sua existência que Deus existe ou deixa de existir.
De resto como afirma J.G. de Araújo Jorge, Deus fez o homem, nós fizemos Deus. Estamos quites.
Quero lá saber…

1/11/2011

SÁBIOS E ESTÚPIDOS


SÁBIOS E ESTÚPIDOS

Procurarmos o conhecimento é o caminho mais seguro para nos sentirmos sábios mas, quando alguém sabe que nunca será um sábio, chega à uma meta maior do verdadeiro saber. A diferença entre o que é tido como sábio e aquele que é considerado estúpido, é menor do que entre um homem vivo e um cadáver. Nenhum homem é totalmente sábio, como não há ninguém que seja totalmente estúpido. Nestas designações não existem totalidades, existem sim, pessoas que são donas de um saber imenso, e mais sapientes são, quando não desprezam a pobreza de espírito daqueles que pouco sabem.
Embora não se possa confundir ignorância com estupidez, o certo é que a ignorância facilita o desenvolvimento de actos estúpidos. Contudo, temos que olhar o ignorante, não como um alvo a abater, mas como um alvo que o meio abateu, impedindo-o de trilhar caminhos que o pudessem levar ao imenso mundo da sabedoria. Agora os que, sem impedimentos, conseguiram ter todos os caminhos abertos em direcção ao conhecimento, com total consciência disso e o que sabem, fazem de conta que ignoram, em nome de interesses estúpidos e desumanos. Esses, certamente que não têm perdão, nem dos homens nem dos deuses, por não haver coisa mais terrível do que o poder dos estúpidos, criado dentro de um círculo, onde estão a força e a ganância… entre outros ingredientes do mal, que reina no mundo dos verdadeiramente parvos. Esses que sabem o que a terra sofre com os punhais de traição com que vão cortando as suas veias. Nada fazem para impedir o sufocar lento, mas progressivo da mãe natureza e não evitam o uso e abuso de armamento cada vez mais mortífero e tóxico, que destrói tantos os seres vivos, como a base do viver, presente e futura. O problema da água, do degelo, do aquecimento global, nada disso lhes interessa, porque essa sua estupidez e não ignorância, leva-os a fazer guerras para serem senhores do petróleo, das armas, da droga, das almas dos outros e certamente do mundo, senão do universo com todos os deuses incluídos…
Mas não é assim!
Porque virá a altura, em que não serão donos de nada, porque a natureza não mais será de ninguém, nem suportará mais agressões e, nessa altura, arrastará ignorantes, estúpidos, senhores do mundo e os que ainda são considerados sábios.
. Cervantes dizia que o maior estúpido sabe mais na sua própria casa do que o sábio em casa alheia e Chamfort afirmava que existem mais loucos do que sábios, mas que no sábio existe muito mais de loucura do que de sabedoria.
Se o saber está sempre em evolução, levando-nos a crer que caminhamos em direcção às estrelas a verdade, contudo, parece ser outra. O que aparentemente sobe, desce cada vez mais ao abismo dos infernos, às das idas sem regresso. Quando a ciência descobre remédios para uma doença, fica em mãos com outras novas maleitas que resultam, muitas vezes das suas novas descobertas. O conforto excessivo também é gerador de desconforto.
A perversão dos homens tem a ver muito mais com a sabedoria do que com a ignorância e, seria catastrófico, se já nascêssemos com a categoria de sábios.
Para obtermos respostas temos que levantar questões e mesmo que admitamos como certo o que se busca, podemos partilhar e viver na base de grandes erros. Não foram os sábios que disseram que o Sol girava à volta da Terra?
“ Seis honrados servidores/ Me ensinaram quanto sei; / os seus nomes são como, quando, onde, onde, o quê, quem e porquê. - Rudyard Kipling.

AMAR AS PEDRAS...


AMAR AS PEDRAS

Parece não ter sentido, mas talvez tenha. Haverá quem não ame as pedras? Mas já lá vamos…
Pitigrilli, descreve o amor de uma forma algo engraçada, quando diz que amor é “um beijo, dois beijos, três beijos, quatro beijos, cinco beijos, quatro beijos, três beijos, dois beijos, um beijo e nenhum beijo”.

O amor é tudo aquilo que cada um achar que é, mas parece que numa coisa todos estão de acordo: O amor é um sentimento!
O amor dá vida, mas também mata, dá força, mas pode enfraquecer o mais forte dos seres, dá alegria mas pode entristecer mesmo aqueles que se julgam imunes a este vírus do coração da mente. Contudo, poucos são os que nascem fruto do amor, como poucos seriam os nascimentos se não houvesse prazer na concepção dos novos seres. Significa isto, que é o prazer que comanda a natalidade dos homens e dos outros seres.

Apesar de haver as mais díspares posições para explicar o que é o amor, o certo é que há coisas na vida que são mais para sentir do que para explicar. O amor é uma delas. Afinal de contas o homem, muitas vezes, quanto mais explica mais erra. Será, no tema em questão, necessário grandes explicações?
Ama-se e pronto.
Quando o homem começa a ser dono de um certo conhecimento e pode manipulá-lo, começam as chatices, sempre crescentes, para a humanidade. Considero que toda a evolução é também uma viagem ao absurdo e, como os exemplos são mais que muitos, desde que o homem é homem, o que pode vir a seguir, pode ser algo idêntico ao que já aconteceu antes, noutras situações da vida.

Aquilo que parecia ser algo útil, numa certa altura e, visto por um certo ângulo até era, tornou-se mais tarde nas descobertas mais críticas e indesejáveis para a humanidade, como a energia atómica ou nuclear.

O melhor será mesmo a química do amor não ser percebida em laboratório, para que mais uma coisa artificial não seja utilizada contra o próprio homem, mesmo que pareça a favor dele.
Penso que a questão sexual, em termos de atracção e desejo, é o caminho que leva mais facilmente ao amor, quer haja ou não consciência disso.
Quem ama, ama sem questionar porque ama e, tanto pode amar o bonito como o feio e, nas suas múltiplas formas de amar até ama as próprias pedras… principalmente quando as pedras, ao serem esculpidas em forma dos deuses da sua devoção, toma dimensões daquilo que ele aceita como real.
As pedras podem ser amadas, fazendo parte daquilo que amamos, como a nossa casa, a estrada por onde passamos e tantos outros objectos que são compostos também por pedras, agora o difícil será sabermos se as pedras têm sentimentos e se algum dia vão amar os homens, que habitualmente as pisam.
O Homem ama tudo, até as pedras, mesmo que diga que não.
Quando alguém diz que ama menos é porque já não ama, mas quando os dois olham para o mesmo lugar em vez de cada um olhar para um lugar diferente o amor existe em ambos.
“Melhor é um prato com legumes servido com amor do que um borrego servido com ódio.”-Salomão.