1/12/2011

MULHERES


FALANDO DAS MULHERES

“A mulher bela é um livro com uma só página que se lê com um só olhar. A mulher bondosa e bela é um livro com tantas páginas que uma vida inteira não chega para o folhear, nem para o nosso coração sentir todas as emoções”-Severo Catalina.

Tudo se diz das mulheres e, são as próprias que mais mal falam delas mesmo. Dizem que têm a língua comprida, falam das roupas que vestem, provocam ciúmes. Referem traições e um nunca mais acabar de “lavagem de roupa suja”, como também as que mais referem essas condições de mulher, não fossem também mulheres. E dizem mais! Que os melhores amigos são homens….pois, está bem!
A perfeição do homem só existe pela permanência da mulher a seu lado e, se os homens falam das malditas mulheres, esquecem-se que não podem viver sem elas, porque são filhos de mulheres, têm filhos de mulheres, são geridos, por mulheres, mesmo quando pensam que são os reis de todas as selvas. Mas outras questões se levantam. Porque razão a maior parte das mulheres amam mais quem as aborrece e afastam-se de quem as quer? Porque se diz que as mulheres são homens imperfeitos? Que as mulheres são parecidas aos sonhos porque nunca serem como as desejamos que sejam; que as mulheres são feitas de contradição; que quem corre atrás duma mulher cheia de vaidades ela tem tendência a fugir e, se fugirmos dela, a tendência é perseguir-nos…

Num provérbio português, encontramos os seguintes ensinamentos ou comentários: três coisas fazem da mulher quase nada: um chapéu, uma briga e uma salada. Mulher magra sem ser de fome, foge dela que te come. Mulher honesta não tem ouvidos.

Todas as pessoas gostam de ser elogiadas, mas as mulheres alimentam-se deles e, quando começam a rarear, esforçam-se por tê-los de volta, fazendo tudo, até cair no ridículo para se sobressaírem, para se tornarem notadas. Sobe-lhes a auto-estima, endireitam a coluna vertebral erguendo os seios e utilizando dispendiosos produtos de camuflagem a que chamam de beleza, para se acharem belas. Hoje, nas conversas femininas, ouve-se mais falar de silicone, lipoaspiração,” botox” e outras artificialidades, do que de boa alimentação, dita saudável. Os ginásios estão cada vez com mais repletos de gente em nome do belo, a maior parte são mulheres. Muitas inventam situações para ganhar mais alguns trocados, para fazer face às necessidades extras para se enquadrarem num status social que lhes permita desenvolver a beleza, à qual chamam de evolução feminina…
“ Todos os trajes femininos são apenas uma transacção entre o desejo óbvio de se vestir e o desejo secreto de se despir.”- Lin Yuntang.
Há quem diga que não se deve confiar numa mulher que diz a verdade acerca da sua idade, porque quem assim age também não conseguirá guardar segredo em relação aos segredos dos outros. Óscar wilde dividia as mulheres em dois grupos, as feias e as que se pintam e adianta: gosto de um homem que tem um futuro e das mulheres que têm um passado. Virgílio considera que a mulher é volúvel e inconsciente, mas Virgílio não teceu considerações acerca da inconsciência porque, como diz Freud, é o inconsciente que nos domina e, como tal, é talvez a razão das mulheres serem tão intuitivas e desenvolverem capacidades de percepção em maior grau do que os homens. Mas falar
das mulheres é falar de um ser humano que, tal como o homem tem defeitos e qualidades…

QUERO LÁ SABER


QUERO LÁ SABER…

Manílio diz que cada pessoa é uma pequena imagem de Deus. Pois bem, para alguém concluir tal hipótese tem que conhecer as pessoas e conhecer Deus, o que eu duvido. Contudo, tanto Deus como as pessoas podem ser vistas por diversos ângulos e o que cada um vê é com cada qual. Não quero saber, nem me abre o apetite à discussão, porque é assim: em relação às pessoas serem pequenas imagens de Deus, Deus teria que ser frágil, ambicioso pela negativa, maldoso, corrupto e tantas coisas mais atribuídas ao homem e que demonstram bem o abismo existente entre um Criador e os que foram criados por Ele. Se, para termos uma ideia de Quem nos criou, olhamos para a sua obra, que somos nós, e achamos que alguma coisa deve estar errada, porque o produto acabado é feito de uma matéria de tal forma corrosiva que não deve existir moldes divinos para formar tais absurdos mas, como diz Santo Agostinho, consegue-se compreender melhor a DIVINDADE ignorando-a, o que nos leva a outra situação, ou a divindade é filha da ignorância ou Deus criou-a, como uma forma de sabedoria, para se perceber o divino, o que pressupõe um mundo de coisas absurdas. O não-saber, neste caso é igual ao saber e, se assim é, não existe razão para se avançar para lá da ignorância, por ser só desta maneira que se compreende melhor as coisas, mesmo as divinas.
Aristóteles diz, entre outras coisas, que Deus é no mundo, como um maestro é para a orquestra, ou o comandante é para o seu exército. Ora bem, mais um pensamento pouco pensado. Deus nunca pode ser comparado a um maestro ou a um comandante. É evidente que existem bons e maus maestros, mas a ideia dos que aceitam Deus, nunca poderá ser a de um mau comandante ou de um mau maestro, porque estes “predicados” só podem ser atribuídos aos homens, senão porque andaria tudo “à batadada?”. Deus só tinha que ter uma orquestra afinadinha e um exército bem alinhadinho…e não andar cada um a marcar passo para o seu lado, que é o que acontece, por nos ter sido dado “o livre arbítrio”.
Como diz Mazzini, Deus existe porque existimos; vive na nossa consciência, na consciência da humanidade, no universo que nos circunda.
Mas a questão que pode ser levantada, é se Deus deixa de existir quando perdemos a consciência ou quando deixamos de existir. Neste pensamento, Deus só existe porque foi criado pelo homem logo, quando este perde a consciência ou deixa de existir, Deus não tem mais razão de existir também.
E o resto que foi atribuído à criação de Deus? Das plantas aos peixinhos, dos oceanos ao firmamento, da formiga ao elefante?
Quer dizer, como sem pessoas não existe consciência e sem consciência não existe Deus, os outros seres só podem existir numa anarquia desgovernada…” sem comandante ou maestro”.
Por minha parte estou-me nas tintas. Quero lá saber? Nem pedi para vir nem para partir, e não estou para estragar a minha “mona” com questões que não me levam a parte alguma. Não estou contra os que aceitam e os que não aceitam Deus e, quer exista ou não, não é por eu acreditar ou não acreditar na Sua existência que Deus existe ou deixa de existir.
De resto como afirma J.G. de Araújo Jorge, Deus fez o homem, nós fizemos Deus. Estamos quites.
Quero lá saber…